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Perrone: Apoio às ofensas de Piquet colaborou para fala racista sobre Lewis
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Tão triste quanto Nelson Piquet ter usado termo racista ("neguinho") para se referir a Lewis Hamilton numa entrevista é o fato de ainda existir quem se divirta com suas malcriações.
Basta o tricampeão mundial fazer uma grosseria que ela viraliza acompanhada de elogios como "gênio".
Foi assim, por exemplo, na estreia da Fórmula 1 na Band quando o ex-piloto soltou um "Globo lixo" diante de ex-globais.
Falta de respeito em estado bruto. Mas muita gente vibrou porque não gosta da emissora citada.
Esses não se deram conta de que o desrespeito maior foi com os profissionais que estavam no estúdio e passaram pela Globo. Situação constrangedora para eles.
Mas Piquet não estava nem aí. Foi assim enquanto competia. Desrespeitou Senna, Prost e Mansell, entre outros. E divertiu fãs com sua falta de educação. Virou uma marca registrada, como se fosse algo positivo.
No auge da rivalidade com Senna, o lado tosco de Piquet passou a ser ainda mais valorizado por parte de seus adoradores. Para muitos, não bastava destacar seus incríveis feitos na pista. Era preciso reverenciá-lo também por suas caneladas nos inimigos.
Nesse contexto, Piquet se sentia cada vez mais confortável para magoar quem quisesse. E foi assim, sem freios e com incentivo que Piquet chegou no estágio de chamar alguém de "neguinho" como se fosse algo aceitável.
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