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Perrone: VP não enxerga erro de estratégia. Preocupante para o corintiano
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Vítor Pereira não é o único responsável pelo vexame corintiano na derrota por 4 a 0 para o Fluminense no último sábado (2) . A diretoria também assina a goleada porque montou um elenco desequilibrado. E, claro, os jogadores que atuaram no Maracanã não podem ficar livres de críticas, apesar da falta de entrosamento entre eles.
Porém, é preocupante para o torcedor corintiano o fato de VP não enxergar seu principal erro no Rio de Janeiro. Na entrevista coletiva após a derrota, ele nem ao menos colocou em dúvida a eficiência de sua estratégia de poupar jogadores no primeiro tempo e colocá-los no segundo.
É um plano adotado com frequência por ele, mas que não tem apresentado bons resultados.
Foi assim, por exemplo, no empate em um gol com o Always Ready, em Itaquera, no jogo que custou ao Alvinegro a liderança de seu grupo na Libertadores.
Outros exemplos aconteceram na derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, fora de casa, e no 0 a 0 com o Santos, na Neo Química Arena, ambos pelo Brasileirão.
Só que VP nunca admitiu a possibilidade de ter errado com essa tática. Isso deve preocupar a Fiel porque o treinador não parece disposto a tentar o contrário: começar com os titulares e poupá-los no segundo tempo. Ou poupar atletas realmente, não relacionando quem estiver mais cansado, o que seria mais lógico. Assim, a chance de o falso poupar seguir prejudicando o Corinthians é real.
O que Pereira faz é um poupada falsa porque jogadores importantes entram no segundo tempo tendo que buscar o resultado, situação desgastante.
Exemplo claro aconteceu contra o Fluminense. Com quase todos os titulares poupados, o Corinthians perdeu o primeiro tempo por 2 a 0.
Na etapa final, com a missão de tentar a virada, entraram Giuliano, Fábio Santos, Mantuan, Adson e Róger Guedes. Ou seja, nenhum deles foi poupado de verdade. Pior: suas entradas não impediram a derrota por 4 a 0.
Na entrevista coletiva concedida pelo treinador depois do jogo, VP deu sua explicação. "Tentamos colocar um ou outro jogador para dar um pouco de tranquilidade para a equipe, mas só podíamos arriscar 45 minutos, senão acumularíamos tempo, que nos afetaria contra o Boca", disse o comandante Alvinegro.
Nas palavras dele, era possível arriscar usando titulares por 45 minutos. Depois de tantas experiências negativas, não teria sido a hora de correr esse risco no primeiro tempo?
Com um time mais forte desde o começo haveria maior chance de o Corinthians ir para o intervalo com um resultado melhor, facilitando a administração do elenco no segundo tempo.
Mas VP parece ignorar essa possibilidade. Assim como faz com a hipótese de dar um descanso integral para os mais desgastados. Na opinião deste colunista falta a ele, nesse caso, autocrítica.
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