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Perrone: Santos começa janela perigosamente atrasado em relação a rivais

Andrés Rueda, presidente do Santos, em entrevista ao "Seleção Sportv" - Reprodução / SporTV
Andrés Rueda, presidente do Santos, em entrevista ao 'Seleção Sportv' Imagem: Reprodução / SporTV

18/07/2022 13h08

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A janela de transferências do segundo semestre no Brasil começou nesta segunda (18) com o Santos atrasado em relação aos principais clubes do país.

Enquanto boa parte de seus concorrentes já assegurou reforços importantes, o Peixe ainda patina na escolha de um técnico para substituir Fábian Bustos.

Obviamente, o clube vai esperar a chegada do novo comandante para definir seus alvos no mercado.

A janela não vai resolver todos os problemas santistas. Até porque a grana é curta. Porém, essa demora pode fazer o clube da Vila Belmiro perder boas oportunidades, pois a concorrência está agindo no mercado.

Enquanto o Santos ainda não contratou atletas, o Flamengo, por exemplo, já trouxe Vidal e Cebolinha. O Corinthians acertou com Yuri Alberto e Balbuena. No Palmeiras chegaram Merentiel e José Manuel López. O São Paulo contratou Marcos Guilherme. Para fechar os exemplos, o Galo se reforçou com Pavón, Alan Kardec, Pedrinho e Jemerson.

Mesmo que parte desses nomes não caiba no orçamento santista, com os rivais contratando e o Alvinegro praiano parado, a diferença do Santos para seus oponentes mais históricos só aumenta. E ela já é desconfortável para os santistas.

Aceitar esse distanciamento sem reagir é tirar um dos clubes mais tradicionais do mundo de sua posição e empurrá-lo perigosamente para baixo.

A tabela do Brasileirão mostra isso. O time da Vila Belmiro está em décimo lugar, a 11 pontos do Atlético-MG, que terminou o domingo na liderança. E com quatro pontos de vantagem sobre o América-MG, primeiro da zona de rebaixamento.

A situação já difícil para o clube do litoral. A demora para definir um técnico e se reforçar só piora as coisas. O Santos não pode se acomodar na situação em que está.

Sim, é preciso escolher o novo treinador sem afobação para diminuir o risco de erro. Mas, numa gestão profissional, o mercado de técnicos deve estar sempre mapeado para agilizar eventuais trocas. Faz 11 dias que o Santos está sem treinador. Não é pouco para um clube grande grande que vê a zona de rebaixamento no retrovisor. Especialmente em tempos de janela de transferências. Uma coisa atrasa a outra. E as duas juntas dificultam a missão do Santos de retornar ao seu lugar.