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Perrone: Com demissão de Mohamed, Galo tomou a decisão mais arriscada
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O Atlético-MG arrisca mais ao demitir Antonio "Turco" Mohamed do que arriscaria se optasse por sua manutenção. A troca é mais arriscada porque o novo treinador, seja quem for, precisará de tempo para se adaptar. Essa adaptação terá que ser acelerada.
Já em 3 de agosto acontece o primeiro confronto com o Palmeiras pelas quartas de final da Libertadores. Sem contar que o Galo precisa de regularidade para se manter na briga pelo título Brasileiro. Teoricamente, a chance de oscilações é grande com uma nova comissão técnica. Faz parte do início de um trabalho.
Sim, o Atlético-MG estava jogando bem menos do que pode sob o comando de Mohamed. Porém, na opinião deste colunista, seria menos arriscado a diretoria trabalhar para ajudar o técnico a fazer ajustes em busca de atuações melhores. Em tese, seria mais fácil Turco encontrar soluções do que um novo treinador, pois o argentino já conhecia o elenco, suas virtudes e dificuldades.
Também há um risco considerável na decisão de demitir o treinador às vésperas do confronto do próximo domingo (24), no Mineirão, com o Corinthians, segundo colocado no Brasileirão, empatado em pontos com a equipe mineira, terceira na classificação. Como os jogadores vão reagir à troca? O substituto, provavelmente interino, vai conseguir fazer algo melhor do que o técnico escolhido pela diretoria do clube para ser o comandante em 2022? São dúvidas que os dirigentes criaram.
Além disso, os resultados obtidos pelo Galo sob o comando do técnico argentino não justificam sua demissão na minha opinião. Com ele, o time foi campeão mineiro e da Supercopa do Brasil. A equipe está na briga pelos títulos da Libertadores e do Brasileiro.
Sob a batuta de Turco, o Galo teve aproveitamento de 69% na temporada. Foram 27 vitórias, 13 empates e apenas cinco derrotas.
Com esses números, o que justifica a demissão do argentino? O empate fora de casa com o Cuiabá, na última quinta (21)? Não acredito. Não foi um resultado absurdo.
A eliminação na Copa do Brasil serve como justificativa? Também não, pois ela aconteceu diante do Flamengo, um dos times mais fortes do país. Só enxergo uma explicação: a vontade dos dirigentes de acalmar a torcida, que fazia barulho nas redes sociais pela queda de Turco.
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