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Perrone: Barulho do Palmeiras não pode ofuscar erro de juiz contra o Ceará
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O barulho feito pelo Palmeiras contra a arbitragem após a vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, neste sábado (30), pelo Brasileirão, não pode ofuscar o fato de que seu adversário também foi prejudicado pelo apito.
É constrangedor o diretor de futebol palmeirense, Anderson Barros, colocar o Alviverde como vítima de erros de Anderson Daronco e seus colegas sem lembrar o dano feito por eles ao Ceará.
Na opinião deste colunista, houve pênalti claro de Gustavo Gómez em Mendoza. Porém a infração não foi marcada.
O Palmeiras tem razão de reclamar do pênalti inexistente, na minha opinião, que deu origem ao gol do time cearense. Mas não pega bem para o dirigente alviverde discursar como se só seu time tivesse sido prejudicado.
As queixas de Barros, Abel Ferreira e Scarpa colocam o Palmeiras na condição de vítima única da arbitragem brasileira. Só faltou falar abertamente num esquema para tirar a taça do Verdão.
Se isso fosse verdade, o próprio Palmeiras não teria sido beneficiado por um erro no apito em Fortaleza. Sim, o time de Abel foi prejudicado e favorecido no mesmo jogo. Isso só comprova o que já sabíamos: a arbitragem no Brasil faliu. Todos os times são vítimas.
Outros erros aconteceram contra o Palmeiras, sim. Especialmente na Copa do Brasil, diante do São Paulo, no famoso lance da linha de impedimento não traçada. Mas não há elementos palpáveis para apontar um complô para prejudicar a equipe de Abel. A arbitragem atrapalha o Verdão como faz também contra seus rivais.
Criticar Daronco sem lembrar o erro que prejudicou o Ceará não ajuda na recuperação da arbitragem nacional. Se for essa intenção de Barros, ele precisa admitir também falhas contra seus adversários para mostrar o tamanho do problema. Esse é um caminho para os clubes se unirem contra algo que fere todos eles.
Abel não deve ser o único que tem dúvidas sobre se o Brasileirão vai ser decidido dentro das quatro linhas por duas equipes. Seus oponentes devem ter o mesmo temor.
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