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Corinthians estuda ampliar capacidade de arena, mas foca em trato com Caixa
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O Corinthians estuda maneiras de ampliar a capacidade da Neo Química Arena, mas trata o assunto com cautela. A prioridade do clube no momento é honrar o compromisso feito recentemente com a Caixa Econômica Federal para renegociar dívida gerada pela construção do estádio.
Falar em ampliação agora gera incômodo em ao menos um integrante da diretoria, que não quis detalhar os motivos de seu desconforto. A possibilidade de ampliação foi comentada pelo presidente Duilio Monteiro Alves no podcast Ulisses Cast, em 1° de agosto. O assunto voltou à tona após reunião de integrantes da Gaviões da Fiel com a direção do clube e o técnico Vítor Pereira, na última segunda (15), revelada pela coluna do jornalista Vítor Guedes, no UOL.
A coluna do Perrone apurou que a Gaviões da Fiel fez uma série de sugestões para a aumentar a capacidade do estádio.
Posição oficial
Este colunista enviou perguntas para Duilio sobre o assunto por meio do departamento de comunicação corintiano. A resposta veio em forma de nota, que mostra a cautela do clube e a preocupação em honrar o acordo com a Caixa. "Estamos estudando algumas alternativas para a ampliação da capacidade da Neo Química Arena, de forma sustentável e sem atropelos. Temos que ter responsabilidade nesse assunto, porque ainda temos compromissos do atual acordo para pagar. No devido tempo, vamos estudar a melhor forma de conduzir esse assunto", diz a resposta do clube.
Sugestões
Com a ajuda de um engenheiro que conhece em detalhes a arena, a Gaviões havia encaminhado à diretoria sugestões para ampliar a capacidade do estádio de forma rápida. O aumento seria de cerca de três mil lugares e no máximo seis mil. Uma das ideias é diminuir o espaço entre as cadeiras do estádio. Outra sugestão apresentada por integrantes da Gaviões é a retirada das cadeiras do setor sul, como ocorreu no setor norte, local em que ficam as organizadas. A estimativa é de que caibam mais 1.600 pessoas caso esses assentos sejam removidos.
A diminuição do tamanho das cadeiras usadas na arena também está entre as opções formuladas pelos representantes da Gaviões.
Há ainda a sugestão de construção de uma rampa de acesso no setor leste para a torcida visitante, que atualmente divide o sul com os corintianos. A mudança tiraria os apoiadores dos adversários de trás de um dos gols do estádio. O posicionamento atual incomoda parte da torcida corintiana.
Integrante da Gaviões disse à coluna que Duilio afirmou que buscará um parceiro para ampliar a capacidade da arena com obras que envolvem as arquibancadas atrás dos gols. Essa informação também faz parte de mensagen sem assinatura sobre a reunião de membros da Gaviões com a diretoria e Vítor Pereira antes da vitória por 4 a 1 sobre o Atlético-GO. O texto foi divulgado em grupos de WhatsApp. A assessoria de imprensa do Corinthians não confirmou nem desmentiu essa informação.
A fala do presidente
Ao "Ulisses Cast", Duilio disse que existe a intenção de ampliar a arena em 15 mil ou 20 mil lugares aumentando as arquibancadas norte e sul. Mas ressaltou que é necessário um estudo financeiro. Finanças e arena são temas que naturalmente andam juntos. No último dia 25, o clube anunciou acordo para refinanciar dívida com a Caixa e encerrar a cobrança feita na Justiça pelo banco.
O acordo
O débito é referente ao financiamento de R$ 400 milhões feito no BNDES por meio da Caixa para a construção do estádio. O acordo engloba uma dívida de pelo menos R$ 611 milhões. Esse é o valor do débito atualizado até janeiro. Entre 2023 e 2024 devem ser pagos os juros. A quitação da dívida principal começa em 2025. O financiamento vai até 2041.
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