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Golpe? Conheça os argumentos a favor e contra a reeleição no São Paulo
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A acusação de golpe para beneficiar o atual presidente do São Paulo, Julio Casares, movimenta os bastidores do Morumbi.
No centro da polêmica está a reunião do Conselho Deliberativo nesta segunda (5) para votar a proposta de mudança estatutária que permite a reeleição presidencial por mais um mandato. A medida valeria também para a presidência do conselho, cargo ocupado hoje por Olten Ayres de Abreu Júnior, e para outros postos no órgão.
Se passar pelo conselho, que tem maioria situacionista, a proposta precisa ser submetida aos sócios. Só que em janeiro eles já rejeitaram a reeleição em outra tentativa de mudança estatutária. Isso reforça o sentimento da oposição de que situacionistas forçam a barra para permitir que Casares siga no poder.
Por sua vez, o atual presidente defende a mudança, mas sustenta que não foi o idealizador dela.
A proposta foi assinada por um grupo grupo de cerca de 100 conselheiros.
Casares já foi contra a reeleição. Em 2016, seu voto ajudou a estabelecer o mandato único no clube. Hoje, no entanto, ele entende que é benéfico para o Tricolor que o presidente tenha mais tempo no cargo para dar continuidade a projetos importantes para a agremiação.
A oposição define como golpe uma mudança de regras que beneficiaria quem foi eleito sem direito à reeleição. A medida é apontada como casuística, já que visaria, principalmente, beneficiar especificamente Casares e Olten. Seria como mudar as regras com o jogo em andamento para favorecer a um determinado participante.
Por outro lado, o discurso de defensores da mudança é de que casuísmo é ser contra a alteração apenas para impedir o Casares de tentar a reeleição.
Outra tese usada para defender a alteração é de que dar o direito aos presidentes de terem suas gestões avaliadas por meio de um novo pleito é uma medida democrática.
Os apoiadores da alteração afirmam que a maioria dos clubes brasileiros permite a reeleição, o que indicaria que é coerente adotar tal prática.
O modelo atual é considerado ruim para o clube por, em tese, dar pouco tempo (três anos) para o presidente implantar medidas importantes para a agremiação.
Trecho do texto que justifica a proposta diz que a possibilidade de reeleição visa "não afastar indistintamente a continuidade de projetos e gestões que se demonstrem efetivamente positivas e benéficas ao São Paulo".
O atual mandato de Casares termina no fim de 2023. O presidente não confirma que será candidato caso a reeleição seja aprovada. O discurso neste momento é de que a decisão será tomada mais tarde, se o novo mandato for permitido.
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