Polícia apreende cerca de 50 mil peças piratas referentes a times e seleção

Em operação realizada pela Polícia Civil de São Paulo, nesta quarta (21), foram apreendidos cerca de 50 mil produtos piratas que atingiam a seleção brasileira e sete clubes nacionais. As buscas foram feitas em nove fábricas nas cidades de Potim, Aparecida do Norte e Roseira e em uma na capital. Em seis delas foram encontrados artigos piratas, segundo a polícia. A estimativa é de que os produtos, caso fossem comercializados, causariam um prejuízo de R$ 7,5 milhões às vítimas da pirataria.

Após representação feita por agremiações e pela Confederação Brasileira de Futebol, a Delegacia de Investigações Sobre Crimes Contra a Propriedade Imaterial obteve mandados de busca e apreensão nas dez fábricas suspeitas.

As representações foram realizadas por Corinthians, Palmeiras, Santos, Internacional, Grêmio, Coritiba e Flamengo, além da CBF, em conjunto com as empresas que produzem seus materiais oficiais, de acordo com o delegado Wagner Carrasco, da delegacia responsável pela operação. Foram encontradas falsificações de peças dessas agremiações, assim como da seleção.

"Nós estimamos que foram apreendidos cerca de 50 mil produtos. Os clubes e a CBF avaliam que esses artigos poderiam causar um prejuízo de cerca de R$ 7,5 milhões para eles em virtude de deixarem de comercializar e de recolher os direitos inerentes a essa comercialização", afirmou Carrasco.

"Encontramos peças de vestuário, especialmente camisetas, patches com símbolos de clubes de futebol e algumas telas para confecção de camisetas", completou o delegado.

Escritórios especializados contratados por clubes e CBF fizeram levantamento de fábricas suspeitas de produzir artigos piratas e passaram as informações para a delegacia, que conseguiu os mandados na Justiça.

"A importância dessa ação é que, na situação em que alguns times estão hoje, Flamengo, em finais, Corinthians, na final da Copa do Brasil, Palmeiras, na liderança (do Brasileirão), CBF, às vésperas de uma Copa do Mundo, a gente sabe que a produção desses produtos piratas aumentam. Muita coisa foi apreendida", disse Ricardo Magno Bianchini da Silva, superintendente jurídico do Corinthians. Ele acompanhou as buscas juntamente com representantes de outras agremiações.

Seis pessoas ligadas às fábricas em que foram localizados os materiais responderão a inquérito por crime contra propriedade imaterial.