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OPINIÃO

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Perrone: derrota na final da Libertadores não diminui trabalho de Felipão

Felipão, treinador do Athletico, durante final da Copa Libertadores - LUIS ACOSTA / AFP
Felipão, treinador do Athletico, durante final da Copa Libertadores Imagem: LUIS ACOSTA / AFP

30/10/2022 10h26

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A derrota por 1 a 0 para o Flamengo na final da Libertadores, no último sábado (29), não diminui o trabalho grandioso de Luiz Felipe Scolari no Athletico-PR.

Em pouco menos de seis meses Felipão levou o Furacão da lanterna de seu grupo na competição continental à decisão.

Quando ele assumiu, o time paranaense havia levado de 5 a 0 do The Strongest, sob o comando de Fábio Carille.

Não se trata só de chegar à final. Nem de cair de cabeça erguida, diante do poderoso Flamengo.

O Furacão mostrou em Guayaquil que poderia ser campeão. Fazia uma excelente partida defensivamente e teve chances para abrir o placar no primeiro tempo.

Com uma marcação ajustada, o time de Felipão não dava espaços para os os meias e atacantes do Flamengo até a justa expulsão do zagueiro Pedro Henrique, ainda na primeira etapa.

Nesse momento, o Furacão já havia cometido o erro mortal de desperdiçar chances de gols contra o Flamengo.

O cartão vermelho tirou o que a equipe de Curitiba tinha de melhor: seu poder de marcação. Em seguida, Gabigol fez 1 a 0.

Com 11 contra 10 seria natural o rubro-negro ampliar a vantagem, mas o Furacão não desmoronou. Mais uma prova de que poderia ter vencido.

Não é fácil anular as principais jogadas de um time habilidoso como o Flamengo e sem deixar de criar oportunidades de gol. O trabalho de Scolari e de seus jogadores foi bem feito.

Assim como na maior parte da trajetória de Felipão no Furacão. Além de fazer uma final equilibrada com o Fla, o Athletico eliminou o Palmeiras, segundo melhor elenco do país, atrás apenas do Fla, na opinião deste colunista.

O Furacão também foi mais longe do que Corinthians e Atlético-MG, que também contam com orçamentos maiores do que o seu.

Felipão e seus comandados não fizeram pouca coisa. Claro que a diretoria do Athletico também tem seus méritos pelo longo trabalho de estruturação da agremiação.

O Furacão, definitivamente, mudou o mapa dos grandes clubes do Brasil demarcando seu território nele. Por sua vez, Felipão mostrou que segue sendo capaz de realizar trabalhos de alto nível.