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Perrone: Renata Silveira faz história na TV com narração sóbria e agradável
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No empate sem gols entre Dinamarca e Tunísia, nesta terça (22), Renata Silveira fez história ao se tornar a primeira mulher a narrar um jogo de Copa do Mundo pela TV aberta brasileira. E a narradora fez isso com sobriedade e de maneira agradável. Ou seja, deu continuidade ao trabalho que a levou para o Qatar.
Foi uma narração sóbria principalmente porque Renata não tentou vender uma emoção maior do que a que foi mostrada em campo. Isso tornou a narração agradável, pois fomos poupados de berros desnecessários e que são praticados por muitos narradores.
A locutora global, como de costume, subiu o tom de voz gradualmente nos lances mais agudos, sem transformar seu relato em histeria.
Sua sobriedade também foi mostrada, por exemplo, quando ela não tentou diagnosticar o dinamarquês Delaney, que saiu contundido. A atitude contrastou com a do comentarista Richarlyson, que cogitou uma lesão muscular antes de o jogador ser mostrado no banco de reservas com uma bolsa de gelo no joelho.
Renata também ganhou pontos por ilustrar de maneira inteligente a transmissão com informações históricas das seleções e dados sobre os jogadores sem simplesmente despejar no microfone o que preparou.
Outro acerto da pioneira foi não fazer Carnaval com seu "reencontro" com Eriksen. Ela havia narrado a partida da Eurocopa em que o dinamarquês sofreu uma parada cardíaca.
Na lista de bolas dentro dadas pela locutora podemos acrescentar o entrosamento com Richarlyson, o bom senso de não forçar bordões e a inteligência de não arriscar piadas para tentar tornar a transmissão engraçadinha. Só faltou mesmo Renata soltar a voz num gol. Mas tem muita Copa pela frente para isso acontecer.
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