Perrone: Atuação contra Holanda consolida Equador como emergente na Copa

A atuação no empate em um gol com a Holanda consolida o Equador como seleção emergente na Copa do Qatar. O futebol apresentado diante de uma das forças europeias mostra que não dá para tratar a equipe comandada por Gustavo Alfaro como uma simples figurante sul-americana.

Seria um erro considerar o Equador como um participante que apenas briga para se classificar na segunda posição do Grupo A e se contentar com uma vaga nas oitavas de final, como poderia sugerir o sorteio dos grupos do Mundial. Neste momento, Equador e Holanda têm quatro pontos. Senegal tem três e o Qatar não saiu do zero.

Na vitória sobre os donos da casa na estreia, o Equador já tinha mostrado um bom futebol. Nesta sexta (25), contra a Holanda, depois de levarem um gol no início, os equatorianos jogaram ainda melhor. Mostraram organização defensiva, força ofensiva e personalidade. Depois de alcançarem o empate aos 4 minutos da etapa final com o talentoso Valencia, após vacilo holandês na troca de passes, a equipe sul-americana seguiu atacando a Holanda em busca da vitória. A pressão contou com uma bola no travessão em chute de Plata.

O Equador não deu a mínima para a camisa mais pesada do adversário e mostrou bola para, não só se classificar para a próxima fase, mas para tentar a vaga como líder da chave. E mais: se mantiverem o que mostraram em suas duas primeiras apresentações, os equatorianos disputam as oitavas em condições de avançar, independentemente do adversário. Os classificados do Grupo A encaram quem passar da chave B (Inglaterra, Estados Unidos, Irã e País de Gales). Se o confronto for contra os ingleses, por exemplo, os europeus serão favoritos, mas não encontrarão uma moleza pela frente.

Por sua vez, como já havia acontecido na vitória por 2 a 0 sobre Senegal, na estreia, a Holanda mostrou um futebol abaixo da expectativa gerada por ela. De novo, os holandeses não conseguiram ter intensidade no ataque, erraram passes importantes e mostraram deficiências defensivas. A equipe do técnico Van Gaal precisa evoluir muito para brigar pelo título.

Enquanto os holandeses têm que ralar para justificar a fama que ostentavam, de candidatos a levantar a taça, os equatorianos possuem grande chance de voltarem da Copa do Mundo com um status maior do que tinham antes dela.