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Corinthians avaliou que auxiliar apoiador de golpe traria pressão a mais
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Com Arthur Sandes, do UOL, em São Paulo
Pesou para a decisão do Corinthians de desistir da contratação do auxiliar técnico Rodrigo Santana o entendimento de que o profissional traria uma pressão extra para o time.
A avaliação é de que a presença de alguém que participou de ato golpista poderia ser alvo constante de protestos da torcida. E especialmente em tropeços em Itaquera. Seria um motivo a mais de cobrança sobre a diretoria e a comissão técnica comandada pelo treinador estreante Fernando Lázaro, ex-auxiliar de Vítor Pereira.
Santana teve a sua contratação anunciada pelo clube, que voltou atrás nesta terça (6), dia em que o UOL Esporte publicou foto dele participando de ato golpista na porta de um quartel.
Houve pressão de parte da torcida nas redes sociais e de uma parcela dos conselheiros para que ele não assumisse o cargo.
Vale lembrar que torcedores do Corinthians, grande parte da Gaviões da Fiel, agiram contra manifestações golpistas após a vitória de Lula na eleição presidencial. A caravana de corintianos rumo ao Rio de Janeiro, para assistir a jogo contra o Flamengo, rompeu bloqueios feitos por caminhoneiros bolsonaristas e golpistas.
Em meio à reação negativa em relação à contratação do auxiliar, ainda existiu um movimento no departamento de futebol para contornar o episódio. Mas, a escolha foi pelo recuo antes que as manifestações nas redes sociais ganhassem ainda mais corpo.
Santana chegou a ser avisado da tentativa de salvar sua chegada ao Alvinegro. Ao UOL Esporte, ele havia dito "ver política como algo muito pessoal". Santana tem histórico de propagação de notícias falsas nas redes sociais.
Mesmo enfrentando problemas de saúde, o presidente Duilio Monteiro Alves tomou as rédeas da situação.
A informação de que o Corinthians tinha desistido de trazer o auxiliar foi antecipada pelo jornalista Vítor Guedes, colunista do UOL, em seu perfil no Twitter.
Em comunicado oficial, o Corinthians afirmou que "o clube e o profissional optaram por não dar prosseguimento à contratação".
No Parque São Jorge, a informação é de que a diretoria não se deu conta da atuação de Santana nas redes sociais antes de optar por sua contratação. O gerente Alessandro Nunes e o diretor de futebol Roberto de Andrade são criticados internamente por isso.
Entre conselheiros, aconteceram debates envolvendo apoiadores de Bolsonaro e de Lula por causa do episódio.
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