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OPINIÃO

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Equilíbrio entre ataque e defesa é trunfo da seleção brasileira no Qatar

Casemiro, da seleção brasileira, em jogo contra a Suíça pela Copa do Mundo do Qatar - Matteo Ciambelli/DeFodi Images via Getty Images
Casemiro, da seleção brasileira, em jogo contra a Suíça pela Copa do Mundo do Qatar Imagem: Matteo Ciambelli/DeFodi Images via Getty Images

08/12/2022 22h35

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A seleção brasileira tenta, nesta sexta (9), uma vaga nas semifinais da Copa do Qatar, contra a Croácia, tendo como um de seus pontos fortes o equilíbrio entre ataque e defesa.

As estatísticas mostram que o Brasil segue esse conceito considerado básico por todo treinador para que uma equipe seja competitiva.

De a acordo com o site Footstats, o time comandado por Tite tem a melhor média de finalizações certas e de desarmes por jogo entre as seleções vivas na Copa.

São, em média, 8,50 arremates com precisão por jogo e 14,50 desarmes por apresentação.

Em termos comparativos, a Croácia tem médias de 4,75 conclusões no alvo e de 11 desarmes.

Os números mostram que o Brasil sabe atacar sem dar muitos espaços para os contra-ataques.

Tal equilíbrio passa pelo posicionamento da equipe sem a bola no campo de ataque visando executar bem o "perde e pressiona". Lembra da história de que os jogadores são cobrados para recuperarem a bola em até cinco segundos? É aqui que ela entra.

O volante Casemiro ilustra esse equilíbrio de eficiência entre defesa e ataque. Empatado com quatro atletas, ele é o quinto jogador que mais fez desarmes no Mundial. O brasileiro fez nove desarmes em três atuações. Todos que desarmaram mais do que ele jogaram quatro vezes.

Mas Casemiro também tem seu papel ofensivo. O jogador do Manchester United já marcou um gol no Qatar.

Na seleção brasileira, só Raphinha, que participou de quatro jogos, e Richarlison, com três partidas, contabilizam mais finalizações certas do que o volante. Casemiro fez três conclusões corretas.

Outra dose dupla de dados confirma que o Brasil defende e ataca com qualidade: interceptações e dribles.

Os pentacampeões só interceptaram menos bolas do que Marrocos e Croácia até aqui entre quem briga por uma vaga nas semifinais.

São 21 interceptações dos brasileiros contra 26 dos marroquinos e 23 dos croatas. Ao mesmo tempo, ninguém driblou mais do que o Brasil no Qatar por enquanto. Foram 26 fintas.

Nesse cenário, não basta para a Croácia se preocupar em como segurar Neymar, Vinícius Júnior e Richarlison, entre outros jogadores ofensivos do Brasil. As estatísticas indicam que furar a defesa brasileira também é uma tarefa difícil.

Isso aconteceu apenas duas vezes no Mundial. A Croácia também só viu sua rede ser balançada duas vezes.

Porém, os croatas ficam atrás do Brasil em termos ofensivos. Fizeram cinco gols contra sete do time de Tite.

Claro que a torcida brasileira espera que a partir das 12 horas desta sexta, no horário de Brasília, a seleção repita o futebol envolvente do primeiro tempo da vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul.

No entanto, caso ele não apareça, a manutenção do equilíbrio entre ataque e defesa deverá ser o principal trunfo do time canarinho na briga pela vaga nas semifinais.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL