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A diferença de Richarlison e Paulinho para Neymar e Marcos após terrorismo
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Sem estardalhaço, Richarlison mostrou que entende a importância da camisa da seleção brasileira. De forma simples, o atacante indicou que se incomoda ao vê-la sendo usada nos atos terroristas na sede dos Três Poderes, no último domingo (8).
O atacante reproduziu em seu perfil no Instagram trecho da nota da CBF repudiando o uso da amarelinha por extremistas bolsonaristas.
"A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. É para torcer, vibrar e amar o país...", diz o trecho compartilhado pelo jogador presente na Copa do Qatar.
A mesma sensibilidade não foi demonstrada por Neymar, que até a publicação deste post não havia se manifestado sobre o uso da camisa da seleção brasileira por grande parte dos invasores das sedes dos Três Poderes nem sobre os atos de vandalismo.
E por que o astro do PSG deveria se manifestar? Porque a 10 que ele usa na seleção vestiu muitos dos invasores. Deveria ser um tema caro a Neymar.
E também porque ele apoiou publicamente Jair Bolsonaro, candidato dos golpistas terroristas nas últimas eleições. Seria importante ele mostrar para seus fãs o que pensa de tudo isso.
Pior do que o silêncio de Neymar é o caminho escolhido pelo ex-goleiro Marcos. Campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, ele questionou uma suposta diferença de tratamento dado pela polícia e pela Justiça a militantes de esquerda e de direita.
"Sempre achei esse negócio de invasão de propriedade pública ou privada um crime. Só não pode tratar os amarelinhos diferente dos vermelhinhos. As leis têm que ser iguais para todos", escreveu o ex-goleiro em seu perfil no Instagram.
Ou seja, Marcos não se incomoda com o uso da camisa da seleção pelos vândalos e não entende a gravidade do que aconteceu em Brasília.
O ex-jogador do Palmeiras não entendeu que não há na história do Brasil nada que se compare com o que aconteceu na sede do STF, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Marcos não percebe o quanto sabota sua imagem ao usar um argumento que soe como passar pano para os terroristas.
O ex-goleiro parece não ter compreendido o que Paulinho do Atlético-MG entendeu: os atos do último domingo são inaceitáveis. Todos os envolvidos devem ser penalizados, cada um de acordo com as suas atitudes.
"Inadmissível o que aconteceu hoje em Brasília. Que todos esses golpistas sejam punidos", escreveu em sua conta no Instagram o atleticano.
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