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OPINIÃO

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Avião de empresa de Leila no Palmeiras tem lado positivo e negativo

01/02/2023 10h25

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O fato de Leila Pereira colocar à disposição do Palmeiras um avião de uma empresa dela tem aspectos positivos e negativos para as duas partes.

Para o Alviverde, as vantagens são financeiras e em relação ao físico dos jogadores.

No caso da aeronave disponibilizada pela presidente do clube, a agremiação pagará as despesas operacionais, mas não pelo aluguel da aeronave. Ou seja, será mais barato do que fretar um avião.

Porém, vale lembrar que a CBF, por exemplo, costuma bancar um determinado número de passagens para os clubes por deslocamento em suas competições em vôos regulares.

Podendo usar um avião particular com maior facilidade, o Palmeiras poderá adaptar as logísticas das viagens às necessidades de descanso de seus atletas. O desgaste físico dos jogadores nos deslocamentos tende a ser bem menor. Será um benefício importante.

Para Leila, num primeiro momento, há o ganho de popularidade. Numa leitura superficial, ela aparece como a bilionária que coloca à disposição do clube um bem particular seu. Isso sem obter lucro, já que não haverá cobrança de aluguel.

Mas existe outro aspecto. A aeronave pertence à empresa Placar Linhas Aéreas S/A, criada por Leila e seu marido, José Roberto Lamacchia, no ano passado.

Ainda que a prioridade de uso da aeronave seja do Palmeiras, a companhia pode alugá-la para outros clientes, como clubes. Assim, a Placar entra no mercado pela porta da frente, transportando uma equipe de ponta e apresentando às demais seus serviços e capacidade.

E o que há de negativo nessa parceria? Para os dois lados, o uso do que é de uma empresa da presidente pela agremiação não é saudável. Essa mistura de CNPJs dá um toque de amadorismo na administração.

É o tipo de situação que pode confundir presidir um clube com ser proprietária de um. É uma imagem ruim para as duas partes.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL