Homem em situação de rua é processado por tentar furtar fio do Corinthians

Um homem descrito na ação como pessoa em situação de rua em São Paulo está sendo processado sob a acusação de tentar furtar fios da Neo Química Arena. A Justiça Pública do Estado aparece como autora no processo.

Nesta quinta (9), foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico citação para Rubens Aparecido Simão de Lima responder à acusação por escrito no prazo dez dias. A publicação afirma que o réu encontra-se em local incerto e não sabido.

De acordo com o edital de citação, no último dia 23, por volta das 18h45, na rua Doutor Luis Ayres, 3.000 (nas proximidades da arena corintiana), o acusado "tentou subtrair para si 7 metros de fios avaliados em R$ 150, pertencentes ao Sport Club Corinthians Paulista".

Ainda segundo a acusação, Lima cortou fio que interligava a área do estádio a um poste de eletricidade. Um segurança da arena, porém, o abordou. Ele portava um alicate e os sete metros de fio estavam no chão.

A Polícia Militar foi acionada e conduziu a ocorrência até uma delegacia. Houve prisão em flagrante com concessão de liberdade provisória em 24 de janeiro, sem necessidade de pagamento da fiança de R$ 1.500 estabelecida pelo delegado responsável pelo caso. Porém havia exigência de manutenção de endereço atualizado.

Ao receber a denúncia contra Lima, no último dia 3, o juiz Márcio Lúcio Falavigna Sauandag, da 22ª Vara Criminal da Barra Funda, escreveu que "estão presentes indícios de autoria e materialidade delitivas". Ele também apontou que considera que o acusado se trata de "morador de rua".

O processo foi distribuído para a 22ª Vara depois de a liberdade provisória ser concedida. Nos dados do processo, não há advogado de Lima identificado. Assim, não foi possível para a coluna ouvir sua defesa.