O que muda para Diniz com a conquista do primeiro título de expressão?

Provavelmente, você já ouviu essa afirmação: "Falta um título para o Fernando Diniz poder ser considerado um bom treinador".

Na verdade, o atual técnico do Fluminense já tinha sido campeão antes, como na Série A3 do Campeonato Paulista, em 2009, com o Votoraty. Mas a taça do Campeonato Carioca conquistada neste domingo (9) é a primeira de expressão levantada pelo treinador. E agora, o que muda em sua carreira?

Em tese, o troféu dá mais confiança para Diniz e apresenta um argumento a mais aos jogadores que forem trabalhar com ele pela primeira vez confiarem em seu trabalho.

A faixa de campeão também valoriza o técnico. A partir de agora, quem quiser contar com seus serviços terá que pagar mais.

Mas, logo os críticos dirão que falta ao treinador um triunfo no Campeonato Brasileiro. E se ele for conquistado, faltará uma Libertadores. E por aí vai.

No entanto, é inegável que Diniz mudou de status, principalmente sob o olhar da imprensa.

Não só pela taça, mas pela maneira como ela foi conquistada, após perder o primeiro jogo por 2 a 0. Na partida de volta, o Flu atropelou um time com orçamento maior e elenco com mais medalhões. Fez 4 a 1 no Flamengo com um futebol envolvente.

Mas ainda é cedo para medir a maior transformação que o título pode trazer para Diniz. Falo da aceitação de seu nome como candidato a dirigir a seleção brasileira, que está sem técnico e namora firme Carlo Ancelotti, do Real Madrid.

Até agora, quem ousasse sugerir o treinador do Flu para o time nacional era massacrado com o argumento de que ele nunca havia conquistado um título importante. Essa munição seus críticos perderam. A incógnita agora é se Fernando converteu ao "dinizismo" uma parcela da torcida e da mídia que dê sustentação ao seu nome como possível treinador da seleção brasileira. Vai que a contratação de Ancelotti não se concretiza. Só o tempo dará essa resposta.