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Lázaro erra como VP e aumenta insatisfação da torcida com seu trabalho
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Na invasão ao CT do Corinthians, depois da eliminação nas quartas de final do Paulista, o tom dos membros de torcidas organizadas com Fernando Lázaro foi mais de apoio do que de crítica. A atitude refletia o pensamento da maior parte da Fiel, que demonstrava paciência com o treinador.
Porém, agora, como consequência de suas desastrosas decisões em Belém, o treinador corintiano vê a pressão sobre ele aumentar. Os pedidos de demissão do técnico nas redes sociais são muitos. Uma parcela dos torcedores saiu do modo "espera" para o "não dá mais" já durante a partida em que o Alvinegro perdeu por 2 a 0 para o Remo, nesta quarta (12), pela Copa do Brasil.
Foi como se o próprio Lázaro tivesse girado o botão do fogão para esquentar sua chapa. Isso porque ele complicou o que era simples. Caso tivesse jogado desde o início com os titulares, as chances de o Corinthians vencer seriam maiores.
O Alvinegro só havia feito uma partida depois da queda no Estadual, a vitória sobre o Liverpool uruguaio, na semana passada, pela Libertadores. Mesmo assim, Lázaro entendeu que precisava poupar atletas pensando na estreia no Brasileirão, domingo, contra o Cruzeiro.
A escolha era discutível, mas virou indefensável diante da forma como ela foi colocada em prática. Lázaro seguiu o manual de Vítor Pereira, de quem foi auxiliar no Corinthians, e deu tudo errado.
Como seu antecessor, ele não poupou jogadores de verdade. Levou os caras para começarem a partida no banco de reservas, encarando o desgaste da viagem.
Como Pereira, Fernando escalou mal o time, com jogadores fora de suas posições e atletas que não estavam rendendo bem.
Também repetindo o que fez frequentemente o português quando esteve no clube, Lázaro precisou colocar no segundo tempo quem tinha sido preservado. Fagner, Fausto e Róger Guedes entraram na volta do intervalo, na desgastante situação de ajudar o time a tentar a virada.
VP cansou de colocar o Corinthians em dificuldades com essa estratégia. Também seguindo os passos do português, Lázaro apostou em jogadores fora de suas posições tradicionais. O meio-campista Du Queiroz começou a partida como lateral-direito, enquanto Fagner assistia ao jogo do banco. O Remo jogou principalmente por esse setor.
Nos primeiros 45 minutos, o volante Paulinho vagou pela área do Remo como um atacante improdutivo. Sua confusa atuação era vista de fora do gramado pelor Roger Guedes, que tem se destacado na temporada.
O primeiro gol aconteceu a partir de uma perda de bola de Maycon, que já vinha jogando mal neste ano, armando contra-ataques para os rivais. Enquanto isso, os volantes Fausto e Roni, com desempenho melhor neste ano, estavam fora da partida por opção do ex-assistente de VP.
Ver jogadores melhores no banco, enquanto o time fracassava em campo já dava motivos para a Fiel se irritar com seu comandante. O descontentamento aumentou com a decisão do treinador de tirar o jovem Pedro, o único que se salvou na etapa inicial, para o começo do segundo tempo.
O combo de escolhas arriscadas e, em muitos casos, desnecessárias, aproximaram Lázaro de VP e deixaram como saldo uma situação difícil para o Corinthians no jogo de volta pela Copa do Brasil. Além disso, quem começou no banco e entrou no segundo tempo, não foi poupado.
Outra consequência é o fato de o treinador ter que lidar com o barulho feito pelos torcedores insatisfeitos. Isso diminui sua margem de erro. A pressão por sua demissão tende a aumentar brutalmente se um novo tropeço acontecer em breve.
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