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Defesa de preso por esquema de apostas diz que denúncia deixa dúvida
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Na tentativa de revogar a prisão preventiva de seu cliente, a defesa de Thiago Chambó, acusado de integrar esquema de manipulação de jogos no futebol brasileiro, diz que a denúncia do Ministério Público de Goiás evidencia dúvida sobre sua participação no esquema apontado. Entre outros argumentos, também está o de que ele não teria agido com violência ou grave ameaça.
Essas afirmações foram feitas pelos advogados do réu em pedido de reconsideração da decisão que indeferiu liminar pedida juntamente com o habeas corpus impetrado a favor de seu cliente. No entanto, como relator, o desembargador Roberto Horácio Rezende proferiu decisão contra a reconsideração, na última segunda (15).
A tese da defesa é de que, como Chambó não foi denunciado no artigo do Estatuto do Torcedor que fala em dar ou prometer vantagem com o fim de alterar o resultado de uma competição, há "no mínimo, uma dúvida razoável da participação em eventual organização criminosa que pudesse manipular resultados. Assim, há, a priori, de ser prestigiado o princípio da presunção de inocência", escreveram os advogados de Chambó.
Ele foi denunciado com base em artigo da lei que trata das organizações criminosas referente a promover, constituir, financiar ou integrar tais organizações, O MP aponta Chambó como integrante do núcleo de financiadores da alegada organização. Esse grupo tinha entre suas tarefas, segundo a denúncia, assegurar a existência de verba para pagar os jogadores aliciados. Os atletas eram pagos para produzir eventos nos jogos para que os acusados lucrassem com apostas.
Os advogados de Chambó também afirmam que a divisão de tarefas na alegada organização diz respeito ao objeto da ação, que está no início.
No entanto, o desembargador Rezende entendeu que a decisão que indeferiu a liminar está bem fundamentada e que não há fato novo para justificar outra análise. Assim, ele indefere o pedido indicando que Chambó deve esperar na prisão o julgamento do mérito do habeas corpus.
A coluna procurou William Albuquerque de Sousa Faria, um dos defensores de Chambó. Em seguida, sua assessoria de imprensa informou que, no momento, a defesa vai aguardar para comentar a decisão.
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