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Colagrossi rebate críticas a mudanças no Fiel Torcedor
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Na última terça (16), o Corinthians estreou o novo sistema de seu programa de sócio-torcedor em meio a uma série de críticas de associados. Parte das queixas feitas em redes sociais ocorreu por causa de problemas na migração dos perfis dos sócios para o novo site.
Uma mudança no sistema de pontuação por ingresso comprado, que favorece quem paga mais caro, também irritou antigos detentores do plano mais barato do Fiel Torcedor (FT).
Em entrevista à coluna, por aplicativo de troca de mensagens, o superintendente de marketing, comunicação e inovação do Corinthians, José Colagrossi Neto, rebateu as críticas.
Antes da mudança, o Fiel Torcedor tinha um site exclusivo para o programa. Ontem, essa área começou a funcionar na plataforma Universo SCCP (USCCP). Os sócios foram orientados por e-mail a trocar de senha para ingressar no novo ambiente virtual.
Ao fazer isso, a maioria não foi identificada como integrante do programa, não conseguindo visualizar sua antiga pontuação, usada para assegurar prioridade na compra dos ingressos. Foi como se eles tivessem deixado de ser sócios e precisassem comprar novos planos, que tinham seus preços anunciados na tela. As mensalidades e anuidades foram aumentadas em todos os setores.
No auge das reclamações, à tarde, os sócios-torcedores receberam mensagem do FT afirmando que em breve os dados seriam atualizados. "Não há nem haverá perda de pontos nesse processo", dizia o comunicado.
Segundo Colagrossi, isso ocorreu porque a migração de dados não é imediata. "Demora 24 horas a migração. 48 horas para dar margem de segurança. Exatamente por isso que lançamos o novo plano com duas semanas entre os jogos na Neo Química Arena. Também pedimos, exaustivamente, que atualizem o USCCP. Sem atualizar o USCCP, não vai funcionar", afirmou o superintendente.
Vantagem para quem paga mais
Antes da repaginação do programa, todos os sócios acumulavam o mesmo número de pontos por partida.
A pontuação define quem pode comprar primeiro os ingressos. Ela vale ouro nos jogos mais concorridos.
Agora, o plano Minha Vida (setores sul e leste), o mais barato entre os que dão direito à compra de ingressos, oferece 1,1 ponto por partida. A pontuação é de 1,5 por jogo nos planos Minha História (setores leste e oeste), Meu Amor (oeste com prioridade na compra independentemente da pontuação) e minha cadeira (oeste inferior com ingresso garantido).
Os novos preços das mensalidades são:
Minha Vida: R$ 24,50.
Minha História: R$ 60.
Meu Amor: R$ 300.
Minha cadeira: a partir de R$ 520.
Membros do plano mais barato enxergam na mudança uma quebra do princípio de valorizar quem vai mais aos jogos para beneficiar os que pagam mais em relação à prioridade de aquisição das entradas.
"Não mudamos a pontuação do Minha Vida. Continua a mesma. A mudança foi aumentar a pontuação dos planos mais caros, de 1,1 para 1,5. Evidentemente porque pagam muito mais", afirmou Colagrossi.
O dirigente não vê prejuízo para os proprietários do plano mais barato em relação à prioridade na compra de ingressos.
"Isso não impacta em nada os usuários do Minha Vida, pois apenas estes compram ingressos nos setores mais baratos da arena, o Norte [local em que ficam as torcidas organizadas] e o Sul. Os planos mais caros só compram os ingressos mais caros. O plano mais barato tem exclusividade nos setores mais baratos", disse o superintendente.
Vale lembrar que o plano Minha Vida também dá direito ao setor leste. Ou seja, caso todos os ingressos da área Sul tenham sido vendidos, o associado do plano mais barato leva desvantagem na pontuação por jogo em relação aos proprietários do Minha História.
Até aqui, os membros do Minha Vida sempre puderam comprar bilhetes em todos os setores. Agora não poderão mais.
"O Minha Vida não comprava oeste normalmente. A gente tem essa estatística. A quantidade de Minha Vida que comprava oeste era irrisória. Muitas vezes não chegava a dezenas de ingressos. Só jogo grande. Jogo pequeno era zero, praticamente, porque o ingresso é muito caro. O plano Minha Vida é um plano popular, para ingressos populares", declarou o superintendente.
"A gente está focando o oeste nos ingressos mais caros. No Minha Cadeira, que já temos milhares de assinantes e que é só no oeste. E esse plano novo, Meu Amor, que paga R$ 3.600 [por ano] e que paga o preço do ingresso, que é para combater o cambismo em jogos grandes", completou o executivo do Corinthians.
Na divulgação atual dos planos não aparece o setor norte. Segundo Colagrossi, isso acontece porque, neste momento, as organizadas ainda compram as entradas diretamente do clube.
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