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OPINIÃO

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Após auge, 'dinizismo' volta a ficar em xeque com piora do Fluminense

Fernando Diniz, técnico do Fluminense, durante jogo contra o Botafogo - Thiago Ribeiro/AGIF
Fernando Diniz, técnico do Fluminense, durante jogo contra o Botafogo Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

02/07/2023 08h02

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O "dinizismo" viveu seu auge no primeiro semestre deste ano. O Fluminense conquistou o título carioca atropelando o Flamengo por 4 a 1 no último jogo da decisão, em abril, e ganhou o rótulo de dono do futebol mais bonito do país. Pouco menos de três meses depois, a equipe de Fernando Diniz vive uma crise técnica, comprovada na derrota por 1 a 0 para o São Paulo, no último sábado (1), no Morumbi.

O futebol ofensivo e envolvente deu lugar a um jogo sem criatividade e confinado no campo defensivo. Sem Diniz, suspenso, no banco, o Flu fez apenas quatro finalizações (duas certas), de acordo com o site Sofascore.

Além de não ter a ofensividade de outrora, o Tricolor das Laranjeiras não concentrou jogadores em volta da bola e não jogou com rapidez. A combinação dessas características atordoava seus adversários.

O São Paulo, com uma marcação alta e faltas táticas, não deixou o oponente à vontade para mostrar suas marcas registradas.

A equipe tricolor, comandada à beira do gramado pelo auxiliar Eduardo Barros, não teve Nino, suspenso, André e David Braz, com problemas físicos, e Ganso, que ficou no banco para ser preservado fisicamente.

Porém, não foi a primeira vez que o bom futebol do Flu desapareceu. Na última terça, no empate em um gol com o Sporting Cristal, pela Libertadores, por exemplo, o desempenho tricolor também foi decepcionante. Pelo brasileiro, foram dois empates, uma derrota e um triunfo nas últimas quatro partidas.

A decadência do Fluminense é evidente. Com ela, Diniz volta a enfrentar o antigo fantasma da queda de rendimento de suas equipes. A falta de variação de estilo de jogo costuma ser apontada por seus críticos como responsável pela perda de fôlego. O caso mais emblemático até aqui é a derrocada com o São Paulo no Brasileirão de 2020.

Depois de calar os que diziam que ele não era capaz de levantar uma taça relevante, Diniz volta a ser pressionado a provar que pode fazer mais do que seus críticos dizem.

Junto com o "dinizismo" está em jogo o futuro do Flu na temporada. Caso não volte a jogar bem, a sensação do ano pode se transformar em uma das decepções de 2023.