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Justiça rejeita pedido de Scarpa para bloquear 30% do salário de Bigode

A Justiça de São Paulo indeferiu na última sexta (28) pedido de Gustavo Scarpa para bloquear 30% do salário de Willian Bigode. Também foi negada a solicitação de bloqueio dos bens do jogador do Althetico-PR e de sua mulher e da sócia do casal na WLJC Consultoria e Gestão Empresarial.

O objetivo de Scarpa era que o percentual do salário de Willian ficasse como garantia, caso o atleta do Notthingham Forest vença a disputa contra o ex-colega de Palmeiras e a empresa Xland Gestora de Investimentos nos tribunais. A assessoria de imprensa de Scarpa informou que o advogado do jogador vai recorrer contra o indeferimento.

Em sua decisão, o juiz Danilo Fadel de Castro afirmou que fica indeferido o bloqueio até que seja esclarecida a destinação do lote de cerca de 20 quilos de alexandritas que estava bloqueado, mas foi retirado da empresa Sekuro, em São Paulo, pela Polícia Federal por ordem da Justiça do Acre. Castro destacou que a solicitação de bloqueio de parte da remuneração de Willian pode ser reavaliada, dependendo do que acontecer com as pedras.

O magistrado também deferiu pedido feito pelo advogado de Willian e suas sócias para que sejam solicitadas informações à Justiça do acreana sobre a busca e apreensão do malote com as alexandritas.

O juiz também negou provimento a embargos apresentados por Willian e suas sócias. Eles alegaram existir contradição em decisão que os havia colocado no polo passivo da ação, além da inclusão da empresa. Queriam que a decisão fosse saneada. No entanto, o magistrado entendeu não haver contradição.

"O teor da decisão não é uma surpresa no que diz respeito ao indeferimento do bloqueio [do salário de Bigode], sobretudo diante dos irrefutáveis fundamentos que foram invocados na nossa impugnação, que é coerente e pertinente", disse Bruno Santana, advogado de Bigode.

"O mais importante foi que o juiz manteve Willian e seus sócios no polo passivo", afirmou o estafe jurídico de Scarpa.

O bloqueio das pedras havia sido determinado pela Justiça de São Paulo em março. Segundo avaliação apresentada pela Xland no processo, o lote de alexandritas vale US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões). Porém, nota fiscal anexada ao processo aponta que elas foram compradas por R$ 6 mil pela Xland.

Scarpa cobra R$ 6.300.000 (valor inicial) da Xland e da WLJC. Ele alega que investiu em criptomoedas por meio da Xland, mas não recebeu os rendimentos esperados e não conseguiu resgatar o dinheiro investido. O jogador acionou a empresa de seu ex-companheiro de Palmeiras afirmando que ela indicou a Xland. O mesmo aconteceu com o lateral Mayke, que move outra ação contra a WLJC. A empresa do atacante sustenta que não tinha contrato com os dois atletas e que não ficou com valores investidos por eles.

Reportagem

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