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Botafogo segue cartilha óbvia para alcançar sucesso no Brasileirão

Ao derrotar o Internacional por 3 a 1, no último sábado (12), o Botafogo registrou a melhor campanha no primeiro turno da história do Brasileirão por pontos corridos. A façanha foi alcançada seguindo uma cartilha óbvia, mas que poucos clubes brasileiros seguem.

São três os pontos principais do manual convencional seguido pelo clube da Estrela Solitária. Confira a seguir.

1 - Blindagem

A base de sustentação do trabalho é a blindagem contra pressões internas (políticas) e externas (torcida).

Essa proteção permitiu que a diretoria mantivesse a maior parte de seus planos originais, evitando mudanças bruscas e dando tranquilidade à comissão técnica.

Tal escudo foi alcançado com a transformação do clube em SAF. O dono não depende de votos para seguir no poder, logo fica menos vulnerável a cobranças da torcida. É normal nos clubes a pressão que vem da arquibancada refletir na política interna.

Num clube-empresa a força dos torcedores não deixa de existir, mas seu impacto interno tende a ser menor.

2 - Convicção

Não é novidade para ninguém que uma diretoria precisa ter convicção de que contratou um bom treinador. Porém, mesmo sendo óbvio, o ritmo acelerado de trocas de técnicos no futebol brasileiro indica que poucos clubes seguem essa regra.

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Minimizar os efeitos das pressões de torcedores e conselheiros é fundamental para que a confiança na comissão técnica escolhida seja demonstrada.

Foi o que aconteceu com o Botafogo, que terminou o Campeonato Carioca fora das semifinais e com a torcida pedindo a demissão de Luís Castro.

John Textor, presidente da SAF do Alvinegro, teve a firmeza que raramente presidentes de agremiações brasileiras têm para segurar seu treinador, contratado em março de 2022.

Bastou o Brasileirão começar para a decisão se mostrar acertada. O Bota voou desde o início da competição.

Para os incrédulos, ficou a comprovação de que investir no trabalho a longo prazo vale a pena.

3 - Montagem do elenco

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Aqui também o Botafogo não inventou nada. Só fez muito bem a lição de casa. Com o passar do tempo, a escolha de jogadores se mostrou criteriosa e resultou num elenco equilibrado.

Ter uma equipe bem estruturada foi fundamental para o Fogão superar o seu momento mais crítico até aqui: a saída voluntária de Castro.

O time se manteve sólido com o interino Cláudio Caçapa e segue no mesmo caminho com o treinador, Bruno Lage.

Os primeiros indícios são de que o elenco também pode superar sem grandes abalos a ausência temporária do artilheiro Tiquinho Soares, que lesionou o joelho.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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