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Expulsão de Gabigol reforça que seria injusto cobrar só Sampaoli no Fla

A expulsão de Gabigol, por volta dos 20 minutos do segundo tempo da derrota contra o Athletico-PR, na última quarta (13), é o exemplo de que as cobranças no Flamengo precisam ser distribuídas de forma equilibrada.

A pressão maior tem sido sobre Sampaoli. De fato, o técnico tem errado muito. Em Cariacia (ES), ele voltou a falhar apostando em David Luiz como volante e começando com Allan na reserva. Também não deu certo a tentativa do argentino de improvisar Thiago Maia na lateral. O treinador não contou com Ayrton Lucas e Bruno Henrique, suspensos, e Arrascaeta e Filipe Luís, machucados. O volante Pulgar, que havia atuado pelo Chile nas Eliminatórias da Copa do Mundo no dia anterior, não foi relacionado para a partida.

Porém, o mais justo é dividir a responsabilidade pelo que acontece com o Flamengo nesta temporada entre treinador, elenco e diretoria em fatias não muito diferentes.

A maneira irresponsável como Gabigol projetou seu braço em direção ao rosto de Cuello simboliza a parcela dos atletas nos maus resultados rubro-negros. O técnico, muitas vezes, não ajuda. E os jogadores pioram as coisas.

O lance de Gabigol foi desnecessário e resultou numa expulsão justa. O Flamengo, que já estava bagunçado por obra das escolhas erradas de Sampaoli, ficou mais desorganizado ainda, facilitando a vida do adversário. O Athletico vencia por 1 a 0 antes da expulsão e teve facilidade para ampliar a vantagem depois dela.

Gabigol disse que entrou na jogada se protegendo, mas que seu braço escorregou na direção do adversário. Não é o que a imagem sugere.

O fato de ele não ter admitido o erro pode colaborar para a má distribuição das responsabilidades pelo resultado. Sua falha desandou de vez o que já estava muito ruim.

Mas todos os atletas têm sua parcela de culpa na derrota, apesar de serem prejudicados pela escalação inicial feita por Sampaoli.

Léo Pereira, por exemplo, errou ao tentar afastar uma bola e a entregou para Alex Santana fazer 2 a 0.

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A derrota escancarou falhas dos jogadores e do treinador. Elas têm sido frequentes, mas não blindam a mãe de todos os problemas do Fla nem 2023: a diretoria.

É obrigatório falar da direção rubro-negra quando se trata dola situação caótica da equipe. Afinal, foi ela que começou a complicar os projetos do clube no ano com a desastrosa troca de Dorival Júnior por Vítor Pereira.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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