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Turbulência no Palmeiras esquenta reunião com fala de Leila no Conselho

Uma despretensiosa reunião do Conselho Deliberativo do Palmeiras, marcada para o próximo dia 23, ganhou importância diante da turbulência no clube após a eliminação nas semifinais da Libertadores e a derrota para o Santos pelo Brasileirão.

O encontro prevê uma pauta, em sua maioria, fria, com itens como posse de conselheiro, entrega de diploma para associados beneméritos e para conselheiro vitalício.

O tema mais quente previsto na ordem do dia é o que fala em "comentários e informações da presidente do executivo sobre a administração geral do clube".

Em condições normais de temperatura e pressão, a fala de Leila Pereira seria apenas uma exposição do que ela considera ações positivas de sua gestão para uma maioria situacionista no Conselho.

Mas a queda na competição continental e o revés diante do Santos, no último domingo (8), fizeram o ambiente palmeirense ferver.

A explanação da presidente se dará em meio a críticas de opositores sobre temas como o planejamento do departamento de futebol, especialmente em relação a contratações. Com a queda na Libertadores e a dificuldade em brigar pelo título brasileiro, tal questionamento faz eco no clube. Há também no grupo situacionista quem enxergue falhas no trabalho desenvolvido no departamento de futebol.

A participação de Leila dará oportunidade aos opositores de, antes da reunião, pedirem a palavra para fazerem perguntas para ela durante o encontro, por exemplo.

A oposição estuda uma manifestação unificada durante a sessão do Conselho para abordar pontos que tem atacado da gestão. Entre eles, além das questões envolvendo o futebol, estão a alegação de falta de transparência nas relações do clube com a patrocinadora Crefisa e a Placar, companhia aérea de Leila. Outro tema envolve retaliações que os opositores afirmam sofrer por parte da diretoria.

Como mostrou a coluna do jornalista Danilo Lavieri, cada conselheiro que assinou pedido de esclarecimentos sobre o relacionamento da agremiação com a Placar Linhas Aéreas ficou, em pelo menos duas partidas, sem a entrada gratuita que cada membro do órgão recebe para jogos. O clube se manifestou afirmando que "a disponibilização de ingressos para conselheiros é uma liberalidade da gestão; não é, portanto, uma obrigação, tampouco um direito".

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A Mancha Verde se posicionou afirmando que, além de protestar contra a diretoria em todos os jogos até o final da temporada, irá cobrar conselheiros que apoiam Leila. Isso gera a expectativa entre ao menos parte dos integrantes do Conselho de que na noite da próxima reunião do órgão ocorra protesto da torcida organizada do lado de fora do clube.

O clima de pressão que passou a envolver a reunião também é criado por pichações feitas contra Leila e Anderson Barros, diretor de futebol, nas madrugadas das últimas segunda e terça. Os alvos foram um muro da sede do clube e lojas da Crefisa.

Nesse cenário, nos próximos dias, a oposição buscará unidade e apoio para viabilizar uma manifestação robusta durante a reunião. Por outro lado, eventuais vitórias contra Altético-MG, em casa, e Coritiba, fora, pelo Brasileirão, podem amenizar a situação.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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