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Ampliação e shows. Os planos de Augusto Melo para arena do Corinthians

A coluna conferiu as propostas dos dois candidatos à presidência do Corinthians para a Neo Química Arena. Foram enviadas perguntas sobre detalhes dos projetos para ambos. Neste post, você vai conhecer os principais planos do opositor Augusto Melo para a casa alvinegra. Na sexta (10), será a vez das ideias do situacionista André Luiz Oliveira, o André Negão. A eleição corintiana acontece no próximo dia 25.

As propostas de Augusto Melo

O oposicionista promete ampliar a capacidade da Neo Química Arena para 67 mil lugares. Hoje, cabem cerca de 48 mil torcedores no estádio.

Segundo o material com os projetos de Melo, a ampliação seria bancada por empresas que fariam o investimento em troca da exposição de suas marcas em propriedades do clube.

Sem citar valores, o candidato anuncia em seu programa de gestão que irá reduzir o custo de manutenção do estádio.

Outra proposta é "estabelecer a arena como um Centro esportivo, cultural e de eventos de São Paulo".

A seguir, confira as respostas de Augusto Melo para as perguntas da coluna enviadas por escrito para sua assessoria de imprensa.

Um dos trechos sobre o plano para arena diz: "transformar o estádio em um local de convergência para uma variedade de experiências, ampliando seu papel na vida cultural da metrópole". Isso significa que a ideia é fazer grandes shows na arena? Se sim, como conciliar jogos e shows? O Corinthians aceitaria jogar em outro estádio para alugar a arena para shows?

Augusto - Sim, a ideia é passar a realizar shows em nossa arena. Mas a prioridade sempre será o futebol. Os espetáculos serão realizados em datas que não conflitem com a agenda de jogos. Portanto, não há a necessidade de utilizar outros estádios.

Além disso, contamos com ampla área externa de estacionamento que também pode ser aproveitada para receber eventos e até mesmo o tradicional esquenta do jogo, como é feito atualmente em Artur Alvim [estação de metrô]. Para isso, queremos preparar o espaço com banheiros químicos e espaço, por exemplo, para churrascos que incentivem nossos torcedores a curtirem a arena de muitas outras maneiras.

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O plano é aumentar a capacidade da arena para 67 mil lugares. O projeto diz que: "a dívida não aumenta porque o Corinthians não colocará um centavo. Toda a obra será financiada por empresas parceiras, que já mostraram interesse em troca da exploração de espaços em nossas propriedades (Parque São Jorge, Centro de Treinamento, Fazendinha e até mesmo o futuro hotel)". Diante disso: quantas e quais são essas empresas? Qual obra será feita para a ampliação, além da retirada de cadeiras do setor Sul e diminuição do espaço entre as cadeiras? Qual o valor estimado da obra e quais as propriedades que seriam oferecidas para as empresas?

Augusto - Durante a campanha fomos procurados por três construtoras interessadas no projeto. Os nomes, assim como a projeção de custos, serão revelados assim que as negociações evoluírem após a eleição e, claro, mediante concordância do parceiro.

Quando se fala em ampliação do estádio, algumas pessoas podem imaginar que todos os setores ficarão maiores. Mas a obra consiste na ampliação dos dois setores populares atrás dos gols (Norte e Sul), os quais estão sempre lotados e onde a procura é sempre maior do que o número de ingressos oferecidos. Ou seja, iremos apenas adequar o espaço à demanda já existente.

Como o projeto original da arena já prevê essa ampliação, entendemos que não teremos problemas burocráticos para resolver e que o prazo para que cada setor seja concluído seja algo entre três e quatro meses.

Vale destacar que, durante esse período, apenas a área em obras fica isolada. O resto do estádio funciona normalmente. Com isso, teremos mais opções para o Fiel Torcedor e daremos mais oportunidade ao povo para voltar ao estádio.

Queremos nossa arena mais popular, menos elitizada. Além disso, a retirada dos assentos da Sul, seguindo modelo adotado na Norte, ajudará também a melhorar a segurança, uma vez que frequentemente as torcidas visitantes ali posicionadas quebram o material e o utilizam como arma.

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Como será reduzido o custo de manutenção do estádio e de quanto será a redução?

Augusto - Estima-se que o custo de manutenção de nossa arena, atualmente com 48 mil lugares, esteja próximo ao de estádios bem maiores, como o Maracanã, que recebe 78 mil. Ambos entre R$ 24 milhões e R$ 30 milhões/ano. Portanto, nossa ideia é apenas ajustá-lo à capacidade do estádio.

Assim como faremos no clube, os contratos da arena também passarão por revisões nas quais buscaremos o melhor modelo para o Corinthians.

Desse modo, entendemos que, mesmo com a ampliação, nosso custo de manutenção não sofrerá grandes impactos.

Infelizmente, a dificuldade em conseguir informações confiáveis em relação à administração, tanto do clube quanto da arena, só nos permitirá estimar porcentuais de custos quando assumirmos a gestão.

Haverá mudança na atual política de ingressos para a arena? Quais?

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Augusto - Sem dúvida. Primeiro de tudo será a implantação de um sistema que simplesmente funcione de forma simples e pare de irritar nossos torcedores. Estamos muito atentos a todos os problemas que nossa torcida tem enfrentado, especialmente neste ano, para conseguir ingressos. Além disso, com a ampliação da arena, esperamos reduzir a frustração dos corintianos, que sofrem muito para conseguir entradas, especialmente nos setores mais populares (Norte e Sul), onde a procura é sempre maior do que a oferta de assentos e os ingressos esgotam rapidamente.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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