Justiça ordena soltura de acusado de participar de manipulação de apostas
Em decisão proferida na última terça (12), a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás determinou a expedição de alvará de soltura de Thiago Chambó Yamamoto. Ele é acusado de participação no esquema de manipulação de apostas no futebol brasileiro apontado pela Operação Penalidade Máxima.
Chambó está preso preventivamente desde abril. A decisão favorável a ele é resultado de um novo habeas corpus requerido por sua defesa após pedido negado em primeira instância.
Para ser colocado em liberdade enquanto segue se defendendo no processo, o réu terá que cumprir medidas cautelares, como o monitoramento eletrônico.
Willam Albuquerque de Sousa Faria, advogado de Chambó, afirmou à coluna que irá pedir ao juiz responsável pelo caso em primeira instância a dispensa do monitoramento eletrônico.
A expectativa dele é de que seu cliente seja colocado em liberdade até esta quinta. O Ministério Público de Goiás havia emitido parecer contrário ao alvará de soltura.
Entre outros argumentos para pedir a liberdade, sua defesa sustentou que ele é acusado de crimes que teriam sido cometidos sem violência ou grave ameaça. Outra alegação foi a de que Andrade tem bons antecedentes.
Ele é acusado de integrar a organização criminosa que teria sido montada para fraudar apostas relacionadas a jogos de futebol e de corrupção ativa no âmbito desportivo. Chambó é apontado como um dos financiadores do esquema.
"Ele nega participação na corrupção esportiva porque não aliciava jogadores. O que ele fazia era receber dicas privilegiadas e isso não é crime previsto na legislação existente. Vai ser porque estão tratando disso agora [regulamentação das apostas esportivas], mas hoje não é", disse Faria. O pedido inicial de prisão preventiva foi feito por acusação relacionada à lei que fala em "promover, constituir, financiar ou integrar" organização criminosa.
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