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Ancelotti e Mundial feminino. O que confusão na CBF coloca em risco

A avaliação na diretoria que havia sido nomeada por Ednaldo Rodrigues é de que a destituição do presidente da CBF por decisão da Justiça do Rio de Janeiro coloca em risco projetos importantes da entidade. Os principais deles são a contratação de Carlo Ancelotti e a candidatura para realizar o Mundial feminino de 2027. O entendimento é de que existe uma insegurança jurídica que dificulta a conclusão de ações iniciadas por Ednaldo.

No caso do treinador italiano, o presidente destituído afirma que tem um acordo sacramentado para que ele assuma a seleção brasileira na próxima Copa América, que acontece a partir de junho de 2024.

Na análise de quem trabalhava com Ednaldo, seu afastamento coloca no caminho do atual treinador do Real Madrid uma série de dúvidas que podem fazer o técnico desistir do projeto. Hoje, o italiano não sabe, por exemplo, quem seria o presidente da CBF que discutiria o planejamento da seleção com ele.

José Perdiz, presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), foi nomeado pela Justiça para organizar uma nova eleição e tocar a entidade até a posse da diretoria eleita.

Nos bastidores, uma batalha política antecede a definição dos candidatos. Ao mesmo tempo, Ednaldo tenta na Justiça voltar ao cargo, o que configura o cenário de indefinição.

Uma hipótese levantada por quem vinha trabalhando com o cartola baiano é a de a futura eleição ter seu resultado contestado na Justiça. Esse é outro ponto visto como gerador de insegurança para Ancelotti.

Em relação ao Mundial feminino, a preocupação é de que a instabilidade política afete a imagem da candidatura brasileira perante à Fifa e atrase a campanha.

A escolha da sede será feita pela federação internacional em 8 de maio. O Brasil tem como concorrentes as candidaturas conjuntas de Alemanha, Bélgica e Holanda e de Estados Unidos e México.

Em carta enviada à CBF em conjunto com a Conmebol, a Fifa expressou preocupação em relação à destituição de Ednaldo.

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Destituição

A Destituição de Ednaldo ocorreu porque a Justiça anulou uma série de assembleias da CBF, incluindo a que elegeu o dirigente baiano.

Os desembargadores responsáveis pela decisão consideraram inválido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado por Ednaldo em 2022 com o Ministério Público Estadual. A conclusão foi de que o MP não tinha legitimidade tratar do tema com a CBF.

O TAC serviu de base para a realização da eleição que levou Ednaldo ao comando da entidade. O MP recorreu contra a decisão que anulou o Termo de Ajustamento de Conduta.

Reportagem

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