Cartolas falam em discussão técnica sobre gramado sintético na Série A
O discurso de dirigentes de clubes da Série A que debatem se os gramados sintéticos devem continuar sendo usados no Brasileirão é de que haverá uma avaliação técnica sobre o tema visando o Campeonato Brasileiro de 2025. Ou seja, a argumentação é de que não não se trata de barrar a grama sintética de qualquer maneira.
Como mostrou a coluna de Rodrigo Mattos no UOL, o Conselho Técnico do Brasileirão deste ano, na última terça (5), foi marcado por críticas aos campos artificiais. A CBF, no entanto, sinalizou que não haveria tempo hábil para promover a troca desses gramados. Assim, ficou combinado que o possível veto a partir do ano que vem será debatido na Comissão Nacional de Clubes.
Segundo o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, que foi indagado pela coluna sobre o debate ocorrido na reunião, a ideia é "aprofundar estudos visando tomar uma decisão técnica sobre continuar usando sintético ou não".
Há quem fale que não existe um combate específico aos gramados sintéticos, mas aos campos ruins, sejam eles naturais ou artificiais.
"Gramado foi um ponto de reflexão sobre todos os tipos de gramado. Não só o sintético", disse Julio Casares, presidente do São Paulo, por meio do departamento de comunicação do clube. Ele havia sido indagado sobre sua manifestação no congresso técnico a respeito dos gramados artificiais.
Segundo a assessoria de imprensa do São Paulo, o presidente do clube deixou claro na reunião que a preocupação dele era com todos os tipos de gramado, incluindo os naturais.
A coluna de Rodrigo Mattos informou que o dirigente tricolor fez um discurso contra o campo artificial.
Publicamente, antes de uma crise de relacionamento entre São Paulo e Palmeiras explodir no último clássico, Casares já tinha demonstrado insatisfação com a grama sintética.
A maioria dos críticos do gramado artificial acredita que ele aumenta os riscos de lesões para os atletas.
Atualmente, Athletico, Botafogo e Palmeiras são os times da Série A que têm estádios com grama artificial. O piso do Allianz Parque entrou em manutenção após até Abel Ferreira reclamar dele.
A Comissão Nacional de Clubes, que vai conduzir a avaliação sobre um possível veto à grama sintética para 2025 tem como membros Atlético-GO, Fortaleza, Fluminense, Inter e São Paulo, todos donos de estádios com gramados naturais.
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