Ex-candidata ao Conselho do SPFC sofre derrota na Justiça contra o clube
A Justiça paulista julgou improcedente ação referente à eleição para o Conselho Deliberativo (CD) do São Paulo proposta por Daniela Santos Ferreira Adami, integrante da oposição tricolor. Ela foi condenada, na última quinta (11), a pagar custas e outras despesas processuais, além de honorários advocatícios, no valor de R$ 2 mil.
Candidata derrotada a uma vaga ao CD no pleito de novembro do ano passado, Daniela havia entrado com a ação alegando que o método de votação escolhido violava o sigilo dos votos, permitindo práticas como o voto de cabresto.
Ela se referia ao fato de associados receberem as cédulas com os nomes dos candidatos e as preencherem antes da assembleia.
Na ocasião, a candidata tentou, sem sucesso, suspender a votação. Daniela queria a suspensão até o julgamento de seu pedido para que o São Paulo fosse obrigado a substituir o método escolhido.
O pleito foi realizado pelas regras estabelecidas originalmente. Daniela, então, apresentou pedido de desistência da ação, pois a votação já tinha acontecido.
Por sua vez, o São Paulo não aceitou a desistência, pois queria que a Justiça decidisse sobre o mérito da questão, apesar de a eleição já ter ocorrido.
Em trecho de sua decisão, a juíza Mônica de Cassia Thomaz Perez Reis Lobo escreveu:
"É evidente que, em respeito à autonomia da vontade, os parâmetros realizados pelo requerido para realização da vota de seu corpo de conselheiro não podem ser determinados pelo Poder Judiciário, especialmente quando as supostas fragilidades decorrem de mero exercício hipotético apresentado pela autora".
Daniela é filha de Newton Luiz Ferreira, o Newton do Chapéu, candidato à presidência derrotado em 2015 e expulso do quadro associativo tricolor. Ele contesta na Justiça a expulsão.
O opositor foi excluído da agremiação após sofrer duas sanções disciplinares. Tal situação provoca a eliminação. Mesmo fora do quadro associativo, Newton atua na oposição são-paulina.
Sem localizar Daniela, a coluna perguntou ao pai dela se ela iria recorrer contra a decisão. "Não vamos recorrer. Vamos pagar. Afinal, o SPFC precisa de $$$$. Vamos ajudar", respondeu Newton por meio de mensagem de texto. Vale lembrar que a condenação não prevê pagamento direto ao clube, presidido por Julio Casares
Reportagem
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Deixe seu comentário