Próximo passo da polícia é decifrar empresa que abalou o Corinthians
Decifrar a existência e o papel da Neoway Soluções Integradas é o próximo passo da investigação policial envolvendo a empresa que abalou o Corinthians.
Primeiro, a Polícia Civil quer entender com qual objetivo a Neoway foi criada e descobrir quem a criou. Investigação preliminar concluiu que se trata de uma empresa de fachada.
Por isso, a ideia é ouvir primeiro os depoimentos de Edna Oliveira dos Santos e de Alex Cassundé. Ela é dona da Neoway, conforme registro da empresa, mas afirmou à polícia desconhecer ser a proprietária. Isso indica que Edna teria sido usada como laranja.
Ele é o dono da Rede Social Media Design. Intermediária do contrato entre Corinthians e Vai de Bet, a Rede Social fez transferências para Neoway após receber R$ 1,4 milhão como parte da comissão de R$ 25,2 milhões prometida pelo clube. A movimentação financeira foi revelada pela coluna de Juca Kfouri no UOL.
O escândalo envolvendo a Neoway fez a Vai de Bet rescindir seu contrato com o clube e provocou uma debandada de diretores da atual gestão.
Só depois de a polícia compreender melhor a empresa, dirigentes do Corinthians podem ser ouvidos.
Ao programa "Brasil Urgente", da Band, na última sexta (7), o delegado Tiago Fernando Correia, da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC),
falou sobre os cartolas corintianos.
"Formalmente falando, nesse momento inicial das investigações, o Augusto Melo [presidente] ou nenhum outro diretor do Corinthians são considerados investigados. A nossa investigação está partindo da Neoway", disse o responsável pela inquérito. Ele aguarda resposta da agremiação sobre pedido de informações a respeito do contrato com a Vai de Bet.
Como mostrou a coluna, após investigação preliminar, a polícia civil instaurou inquérito para investigar a suposta prática de crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no rastro da Neoway. Outros delitos podem ser descobertos.
A principal linha investigativa será a de seguir o dinheiro. Quebras de sigilo telefônico e bancário podem ser pedidas à Justiça.
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