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ReportagemEsporte

Polícia quer ouvir 'espiã' que foi gravada em caso que abalou Corinthians

A Polícia Civil de São Paulo tenta notificar para depor como testemunha uma mulher envolvida no roteiro do escândalo que abalou o Corinthians como se fosse personagem de filme de espionagem.

Trata-se da pessoa que foi à casa de Edna Oliveira dos Santos, usada como laranja para a abertura da Neoway Soluções Integradas, de acordo com a polícia.

Segundo mostrou a coluna de Juca Kfouri no UOL, a empresa recebeu transferências da Rede Social Media Design, intermediária do contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet. Isso após receber R$ 1,4 milhão do clube como parte da comissão combinada.

A polícia identificou a testemunha como Adriana Ramuno, foi à casa dela, mas ainda não a encontrou para entregar a notificação. A procura por Adriana foi noticiada antes pelo SBT e confirmada pela coluna.

De acordo com a portaria de instauração do inquérito policial que cuida do caso, uma mulher, depois identificada como Adriana, foi até a casa de Edna, em Peruíbe, no dia 30 de abril para obter informações.

Ainda conforme o documento, ela indagou Edna sobre uma transferência de R$ 1 milhão que teria sido feita para a "Edna Oliveira Santos - ME". Edna disse desconhecer a movimentação financeira e a empresa.

Os policiais concluíram que Adriana é a mulher em questão graças à ajuda de uma vizinha de Edna.

Ela percebeu que a desconhecida tinha um celular na cintura e gravava em vídeo sua amiga. A vizinha, então, resolveu gravar a mulher também.

A placa do carro usado pela desconhecida para deixar o local foi anotada. Edna fez, em Peruíbe, um Boletim de Ocorrência sobre o episódio. Com os dados do veículo, a polícia chegou ao nome de Adriana.

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Para a equipe da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o depoimento de Adriana seria mais uma peça no quebra-cabeça.

Entre os objetivos está saber porque ela esteve na casa de Edna, quem pediu para que fosse até lá e como conseguiu o endereço .

A partir das respostas, a investigação conduzida pelo delegado Tiago Fernando Correia pode ganhar novos elementos.

Inicialmente, o inquérito apura supostos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica (na abertura da empresa em nome de Edna).

A polícia já concluiu que a Neoway é uma empresa de fachada e obteve dados que mostram que ela se relacionou com empresas abertas em nomes de criminosos da Baixada Santista.

O delegado afirma que nenhum dirigente do Corinthians é tratado como investigado. No entanto, o caso abalou o clube. A Vai de Bet rescindiu seu contrato de com o Alvinegro e houve uma debandada de diretores.

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A coluna enviou mensagem para o perfil que seria de Adriana no Instagram, mas não obteve resposta até a conclusão deste post. O espaço segue aberto para sua manifestação.

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Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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