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Caixa não revela detalhes da dívida do Corinthians por arena para a Gaviões

Em reunião com representantes da Gaviões da Fiel, a Caixa Econômica Federal não revelou detalhes sobre o acordo pelo qual o Corinthians paga parceladamente sua dívida com o banco referente à construção da Neo Química Arena.

A informação foi dada pela instituição financeira à coluna em resposta a perguntas feitas a respeito do encontro realizado na última sexta-feira (14).

A principal torcida organizada corintiana procurou a Caixa para tratar da possibilidade de ajudar o Corinthians a pagar a dívida por meio de doações de torcedores.

A nota enviada pelo banco à coluna na quarta (19) diz:

"A CAIXA confirma a reunião realizada com representantes de torcida organizada do Corinthians, na última sexta-feira (14), que teve o intuito de ouvir a proposta dos torcedores. O banco reforça que, em razão do sigilo bancário, detalhes sobre a estruturação da dívida não foram mencionados no encontro."

Com a regra seguida pela credora do Alvinegro, os membros da organizada não podem ter acesso por meio do banco a dados como valor das parcelas devidas e fluxo de pagamento, por exemplo.

São informações importantes para que a Gaviões consiga organizar uma vaquinha com a participação de corintianos em geral, não apenas de seus sócios.

"Teremos uma agenda em breve com o Corinthians para solicitar o acesso às informações do contrato com a Caixa. A Caixa, de fato, não pode passar mais informações sem a devida autorização do Corinthians. Estamos cientes disso", informou a assessoria de imprensa da Gaviões ao ser consultada sobre a posição do banco.

A uniformizada afirma que não solicitou ao banco informações sobre a dívida, tendo apenas apresentado sua ideia.

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Por sua vez, o departamento de comunicação do clube afirmou que não foi agendada reunião da organizada com a agremiação. E que, se forem solicitados dados do contrato, o clube irá atender dentro do que é permitido por lei.

No entanto, até a conclusão deste post, não foi respondido se o Corinthians apoia a iniciativa da Gaviões de tentar pagar a dívida com doações dos torcedores. O espaço segue aberto para a manifestação do Alvinegro.

Qual o tamanho da dívida?

De acordo com relatório apresentado pela diretoria do Corinthians aos conselheiros, a dívida com o banco era de R$ 703,1 milhões em dezembro do ano passado.

O débito se refere ao financiamento de R$ 400 milhões feito no BNDES, por intermédio da Caixa, para a construção da arena corintiana.

A Gaviões planeja levantar as informações relativas à dívida para depois montar o modelo de arrecadação de doações e submeter o plano à Caixa.

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A uniformizada quer que o dinheiro vá diretamente para o banco, sem a possibilidade de ser usado para outros fins. A Caixa não respondeu se é possível o pagamento ser feito sem que o dinheiro passe pelo Corinthians. Como mostrou a coluna, a Gaviões avisou ao clube que se reuniria com a Caixa, mas não pediu uma aprovação formal.

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