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Em BO, Augusto Melo cita ameaças e coloca celular à disposição da polícia

No Boletim de Ocorrência que registrou nesta sexta-feira (21), Augusto Melo alegou que seus familiares sofreram ameaças após a divulgação de prints de supostas conversas relacionadas ao 'caso Vai de Bet'. O presidente do Corinthians, no entanto, não detalhou o conteúdo ameaçador.

Ele aparece como vítima no registro. O campo destinado à natureza da ocorrência foi preenchido com os crimes de calúnia, difamação e falsidade ideológica. O autor dos atos que seriam criminosos foi classificado como desconhecido.

O dirigente afirmou que números de celulares de seus filhos foram usados nos prints que teriam sido fraudados e ficaram expostos, recebendo inúmeras mensagens. Augusto colocou à disposição da polícia para exame os aparelhos usados por ele e seus parentes.

O cartola pediu para que seja solicitada a quebra de sigilo telefônico dos números que aparecem nos prints e das pessoas que divulgaram as conversas definidas por ele como falsas.

As supostas trocas de mensagens divulgadas seriam entre um integrante da administração do clube e Alex Cassundé, intermediário da negociação do Alvinegro com a Vai de Bet.

No diálogo, uma pessoa tratada como "chefe" pede para o contato que seria Cassundé fazer transferência de dinheiro para conta apontada como sendo da Neoway Soluções Integradas.

A empresa é de fachada, segundo investigação policial feita a partir de informações publicadas pela coluna de Juca Kfouri no UOL. O escândalo culminou com a decisão da Vai de Bet de rescindir seu contrato de patrocínio com o Corinthians.

O presidente corintiano pediu que a Justiça seja acionada pela polícia para determimar que o WhatsApp informe se houve troca de mensagens entre os telefones apontados nas supostas mensagens e o que seria de Cassundé.

O BO diz que Augusto compareceu à delegacia relatando que tomou conhecimento, através da imprensa, de montagens que "tentam incriminar a vítima, seus familiares e assessores atribuindo-lhes supostos ajustes espúrios" relacionados ao contrato com a Vai de Bet.

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De acordo com o documento, produzido na Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), Augusto informou que "tais prints forjados foram enviados de forma anônima" para jornalistas, conselheiros e para "a autoridade policial" que investiga transferências que teriam sido feitas pela empresa de Cassundé, a Rede Social Media Design, para a Neoway.

A explicação apresentada no BO diz que os prints atribuem ao presidente do Corinthians e a terceiros "conluio para o desvio de recursos do clube".

Trecho sobre as supostas ameaças aponta que "a divulgação de conversas fraudadas, pois que nunca existiram, têm acarretado enormes prejuízos de ordem pessoal e moral para a vítima (Augusto) e seus familiares, que vêm recebendo ameaças e inúmeras mensagens, sem que nada tenham a ver com qualquer assunto relacionado".

"Que, inclusive, algumas mensagens falsas divulgadas por criminosos e retransmitidas por irresponsáveis têm utilizado números dos seus filhos", diz parte do boletim.

Além do registro feito por Augusto, Leonardo Pantaleão, diretor jurídico do Corinthians, foi até a 3ª Delegacia do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania).

Ele buscou informações sobre os prints. O UOL apurou que a polícia vai investigar o conteúdo dos prints e estuda a possibilidade de pedir exame pericial.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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