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Como Corinthians quer apoio da Fiel para pagar Caixa por arena sem doação

O Corinthians está estruturando um projeto para contar com a ajuda de sua torcida no pagamento da dívida com a Caixa Econômica Federal (CEF), mas sem pedir doações. A ideia é diferente da vaquinha que a Gaviões da Fiel planeja realizar.

O conceito do plano em desenvolvimento no Alvinegro é engajar a torcida na geração de receitas para o pagamento do débito relacionado à construção da arena corintiana. Porém, a Fiel receberia contrapartidas pelo apoio.

Na direção alvinegra, o cálculo é de que, com essa estratégia, seria possível zerar a dívida de forma gradual em cerca de três anos.

O combo de iniciativas conta até com a possibilidade de venda de ações do fundo de investimento criado para viabilizar a construção do estádio.

Os torcedores teriam a chance de se sentirem donos de uma parte da Neo Química Arena. A venda de ações do fundo já tinha sido cogitada pela diretoria anterior, comandada por Duilio Monteiro Alves.

O espírito do plano em estudo é criar um leque de produtos que possa atrair corintianos de todas as camadas sociais.

Experiências na arena, sorteios de ingressos em setores menos procurados, programa de troca de milhas por benefícios, produtos bancários e ações voltadas para torcedores de fora de São Paulo são exemplos do que está em estudo.

Assim como a Gaviões planeja fazer em relação às doações, os dirigentes querem assegurar que o dinheiro vá diretamente para o pagamento da dívida com a Caixa.

Fonte no clube afirma que o modelo a ser proposto está sendo desenvolvido em conjunto com o banco. Isso daria mais chances de aprovação ao projeto.

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Também como pretende fazer a principal torcida organizada corintiana, o Alvinegro planeja a instalação de um painel na arena que mostre a dívida caindo conforme entrar o dinheiro.

Cartolas entusiastas do modelo em estudo acreditam que esse sistema tem potencial para arrecadar mais dinheiro do que doações.

A avaliação, diferentemente do que pensa a maior torcida organizada corintiana, é de que seria difícil atrair dezenas de milhões de torcedores para zerar o débito com doações.

A ideia é convocar a Gaviões e as demais torcidas para incentivarem os torcedores a se envolverem com as ações. Porém, se a organizada preferir colocar a vaquinha em prática, o clube não pretende se opor.

Gaviões

Por sua vez, a Gaviões já fez uma reunião com a Caixa e espera obter detalhes da dívida com a agremiação. De acordo com relatório apresentado pela antiga diretoria do Corinthians aos conselheiros, o débito com o banco era de R$ 703,1 milhões em dezembro do ano passado.

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A dívida se refere ao financiamento de R$ 400 milhões feito no BNDES, por intermédio da Caixa, para a construção da Neo Química Arena.

A coluna perguntou para a assessoria de imprensa da Gaviões se a uniformizada estudaria apoiar o modelo em análise pelo clube em vez das doações.

Em resposta, foi enviada a seguinte nota: "Temos ciência de vários projetos, mas o Gaviões seguirá adiante com a ideia de quitação da arena. A diretoria do Gaviões está aguardando um posicionamento do Corinthians quanto à dívida total da arena e seguirá adiante com essa ideia".

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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