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ReportagemEsporte

Cinco motivos que explicam como técnico do Corinthians resistiu até o Dérbi

Mesmo com o time na zona de rebaixamento do Brasileirão, raramente mostrando evolução, e cobrada internamente para trocar de treinador, a diretoria do Corinthians bancou António Oliveira até hoje.

Com apenas uma vitória em 12 jogos no Campeonato Brasileiro, o técnico sobreviveu até o Dérbi da próxima segunda (1).

Porém, em caso de derrota para o Palmeiras, no Allianz Parque, o treinador português dificilmente conseguirá se manter no cargo. Mas por que a direção corintiana decidiu segurá-lo até aqui? Confira cinco motivos.

1 - Discurso de profissionalismo

Demitir um treinador contratado em fevereiro deste ano não combinaria com a imagem de profissionalismo que Augusto Melo tenta, a duras penas, colar em sua gestão. A troca precoce de técnico seria contraditória em relação a esse discurso.

O presidente tem pregado que o treinador precisa de tempo para desenvolver seu trabalho. A cada rodada que António sobrevive, o dirigente ganha argumentos para dizer que se esforçou para fazer o projeto decolar.

2 - Dia a dia

A avaliação de que os treinamentos diários são bem executados deu suporte para o trabalho de António.

Desde os primeiros resultados negativos, a análise foi de que, com o tempo, o que era bem praticado nos treinamentos daria resultados nos jogos. No entanto, poucas vezes na temporada isso aconteceu.

3 - Elenco

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Hoje, a diretoria reconhece que o elenco montado no começo do ano tem deficiências importantes. Essa conclusão chega até a ser confortável para Augusto, pois a montagem foi pilotada por Rubens Gomes, ex-diretor de futebol e atualmente desafeto do presidente. Rubão se defende dizendo que Augusto concordou com todas as contratações.
Outro ponto, é que a reformulação do grupo de jogadores começou com Mano Menezes. Assim, António não teve a chance de escolher todas as peças para moldar a equipe ao seu gosto.

Nesse cenário, o entendimento é o de que o trabalho do técnico ficou prejudicado e isso precisava ser levado em conta no momento de avaliá-lo.

4 - Relacionamento
António ganhou muito fôlego para chegar até aqui porque sua relação com os jogadores vinha sendo considerada excelente.

O bom ambiente foi um dos motivos para justificar sua permanência. Segundo reportagem do UOL, no entanto, há jogadores chateados com a fala do treinador após o empate com o Cuiabá, na última quarta.

"Vamos ver o que o mercado e as oportunidades nos dão para poder treinar uma equipe mais competitiva e mais forte", disse ele em trecho de sua entrevista coletiva.

5 - Janela

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Ao longo do período recheado de maus resultados, a diretoria corintiana sinalizou que preferia atuar para dar melhores condições de trabalho para António do que trocar de treinador.

A estratégia incluía as contratações de novos profissionais para o departamento de futebol. E, principalmente, a chegada de reforços na próxima janela de transferências, a partir de 10 de julho.

Os pedidos de paciência de Augusto com o trabalho do técnico quase sempre vieram acompanhados da aposta de que ele teria um time mais forte no segundo semestre.

Não se fala isso abertamente no clube, mas para desfrutar de eventuais reforços, o português terá que sobreviver ao confronto com o Palmeiras.


Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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