Acordo com Carille por multa é opção do Corinthians, que 'abandonou' Ramón
Desde que iniciou a busca por um substituto para António Oliveira, o Corinthians estabeleceu que preservar suas finanças seria um critério importante. Mesmo assim, o clube está disposto a contratar Fabio Carille, que precisa pagar pelo menos cerca de R$ 2 milhões para se desvincular do Santos.
A direção alvinegra não admite nem desmente publicamente o interesse no retorno do treinador, que iniciou a carreira no Parque São Jorge. Porém, o desejo de contar com ele faz os dirigentes buscarem uma alternativa para diminuir o impacto do eventual pagamento da multa nas contas corintianas.
A possibilidade estudada neste momento é chegar a um acordo com Carille para uma parceria na quitação do valor exigido pelo Santos. Uma saída, por exemplo, é o treinador pagar a multa e receber o valor de volta de forma diluída em sua remuneração.
A coluna telefonou e mandou mensagem para Paulo Pitombeira, agente do treinador, para perguntar se seu cliente está disposto a aceitar um acordo nessa linha. No entanto, o empresário não respondeu até a publicação deste post. O espaço segue aberto para a manifestação dele.
E o que pode levar o Corinthians a pagar multa rescisória para ter um técnico, se Ramón Díaz já aceitou treinar a equipe e não causaria essa despesa?
O raciocínio no Corinthians é de que a escolha tem que ser pelo nome que se encaixe melhor com o elenco e com as necessidades da agremiação. A partir deste ponto, deve ser pesada a relação entre custo e benefício.
Ou seja, se Carille for contratado, é porque a direção concluiu que compensa mais ter essa despesa extra do que optar por um nome que, na avaliação da diretoria, não se encaixaria tão bem quanto ele.
Ramón Díaz
Antes mesmo de o Corinthians demitir António, Augusto Melo demonstrava admiração por Carille, de acordo com gente próxima ao presidente corintiano.
Por isso, o técnico santista largou como favorito ao cargo. Entretanto, o clube manteve conversas com pelo menos mais um nome: Ramón Díaz.
O ex-técnico do Vasco gostou do desafio de salvar o Alvinegro do rebaixamento, assim como fez em São Januário, no ano passado. Por isso, ele deu seu "ok" para o projeto sem demora. Só que o argentino não recebeu mais retorno do clube até a conclusão desta reportagem.
O executivo de futebol Fabinho Soldado foi o principal entusiasta da contratação de Ramón, conforme apurou a coluna.
O nome, porém, sofre resistência de parte dos conselheiros da base que se manteve fiel a Augusto. O discurso dos que torcem o nariz para o argentino passa, entre outros pontos, pelo fato de ele não conhecer o clube como Carille. O argumento é de que seria mais difícil para Ramón conseguir resultados com a rapidez que o Timão precisa.
Fabinho Soldado
A coluna enviou mensagem para o executivo de futebol do Corinthians para checar se ele indicou a contratação de Ramón e se a defendeu como prioridade.
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Quero receberEm seguida, o departamento de comunicação do clube entrou em contato e enviou a seguinte nota:
"O Corinthians avalia alguns nomes de treinadores. Esses nomes são discutidos e tratados internamente com a presidência e diretoria para chegar a um denominador comum que atenda o melhor para o clube. Não há prioridade em opiniões individuais e sim um consenso".
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