Depoimento de ex-gerente financeiro do Corinthians à polícia é adiado
Roberto Gavioli, ex-gerente financeiro do Corinthians, teve o seu depoimento à Polícia Civil sobre o caso Vai de Bet adiado. Ele seria ouvido na última quarta (17), mas explicou que não poderia comparecer por estar fora do país. A oitiva será remarcada.
Está agendado para esta quinta, às 15h, o depoimento de Rozallah Santoro, ex-diretor financeiro do Alvinegro. Rozallah e Gavioli serão ouvidos como testemunhas no inquérito instaurado pela 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
Os policiais investigam a possível prática de lavagem de dinheiro envolvendo movimentações financeiras feitas pela empresa apontada como intermediária do contrato entre Corinthians e Vai de Bet.
Rozallah e Gavioli são personagens importantes para a polícia entender a dinâmica do pagamento de comissão para a Rede Social Media Design. A empresa receberia cerca de R$ 25 milhões como intermediária do contrato de patrocínio, que já foi rescindido.
O ex-diretor financeiro entrou em rota de colisão com Augusto Melo depois que o pagamento de R$ 1,4 milhão para Rede Social foi autorizado durante sua ausência no departamento financeiro.
Marcelo Mariano, diretor administrativo, teria pedido para Gavioli pagar a quantia. A relação entre Rozallah e o presidente corintiano se deteriorou até ele pedir desligamento do cargo. Seu grupo político, o MCG (Movimento Corinthians Grande) desembarcou da gestão.
Depois de receber do Corinthians, a Rede Social fez repasses para a Neoway Soluções Integradas.
Segundo apuração da equipe do delegado Tiago Fernando Correia, a empresa é de fachada. A Neoway está em nome de Edna Oliveira dos Santos. Ela diz que desconhecia ser a dona e, para a polícia, foi usada como laranja sem saber. O presidente corintiano e Mariano negam irregularidades no pagamento.
Em depoimento à polícia, Alex Cassundé, dono da Rede Social, disse que conseguiu o contato da Vai de Bet para a diretoria do Corinthians. Porém, o empresário afirmou que não participou das negociações entre o clube e a casa de apostas.
Cassundé alegou desconhecer que a Neoway seria uma empresa de fachada. Ele afirmou que pagou R$ 1.060.000,00
pela implantação de um sistema de telemedicina veterinária, mas nunca recebeu o serviço contratado.
O caso policial abalou o Corinthians, provocando uma debandada de diretores e culminando com a rescisão contratual feita pela Vai de Bet.
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