Corinthians evoluiu, mas não dá para Fiel ficar feliz, como pede Ramón

O meio-campo, outrora dominado facilmente pelos adversários, também foi forte na marcação.

Outra evolução vista foi o alto nível de concentração de um time que havia se caracterizado por fazer lambanças.

Todos esses aspectos fizeram o Corinthians, como visitante, anular em boa parte do jogo o potencial ofensivo de quem tem armas poderosas como Paulinho, Hulk, Scarpa e Arana.

Também houve evolução em outros pontos críticos do Alvinegro paulista: a construção das jogadas e a falta de velocidade.

Mesmo com três volantes, o Corinthians foi produtivo ofensivamente. Os lançamentos funcionaram para dar rapidez nos contra-ataques.

Garro, mais perto dos atacantes do que nos tempos de António Oliveira, se destacou na armação, lançando os companheiros e também com curtos passes verticais.

Yuri Alberto teve mais mobilidade no ataque, explorando bem a beirada do campo. Quando entrou, Wesley também não foi o jogador pregado na ponta que costumava ser antes de o treinador argentino chegar.

Com tudo isso o Corinthians poderia ter vencido a partida se fosse mais eficiente nas finalizações. No entanto, o Alvinegro acabou perdendo após a marcação de um pênalti duvidoso para o Galo.
Foi a nona derrota de uma equipe que tem apenas quatro vitórias no Brasileirão. O Corinthians está na 15ª posição, a um ponto da zona de rebaixamento. Nesse cenário, não dá para a torcida ficar feliz, como pede Ramón.
Ainda mais porque Vitória e Fluminense, concorrentes do Timão na luta para não cair, obtiveram vitórias importantes fora de casa. Eles derrotaram, respectivamente, Palmeiras e Red Bull Bragantino. O Grêmio, 16° colocado, bateu o Vasco.

A evolução mostrada diante do Atlético não foi suficiente para dar ao corintiano a felicidade de ver seu time fora da zona de rebaixamento. Mas a melhora traz a esperança de que é possível escapar da degola. Há mais motivos para a Fiel ter confiança na recuperação do que havia antes.