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ReportagemEsporte

Justiça ordena nova penhora em vendas de atletas do Corinthians por dívida

Em decisão proferida na última quinta (1), em primeira instância, a Justiça de São Paulo deferiu a penhora de valores que o Corinthians venha a receber pela venda de jogadores. Cabe recurso.

A medida visa o pagamento de dívida de R$ 1.267.680,27 com a Link Assessoria Esportiva e Propaganda. A empresa pertence ao agente André Cury.

A juíza Marcia Cardoso, da 5ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé, determinou que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) seja oficiada para impedir jogadores do Corinthians de se transferirem para outros clubes sem que a dívida seja paga. O mesmo deve ser feito pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

As duas entidades também devem informar ao clube que eventualmente contratar um atleta do Alvinegro de que ele precisa depositar até cerca de R$ 1,2 milhão do valor a ser pago ao Corinthians numa conta judicial.

No último dia, 30, em outro processo, a Justiça já tinha proibido as eventuais transferências de Wesley, Yuri Alberto, Biro, Pedro Raul e Giovane sem que outra dívida com o agente seja paga, entre outras medidas restritivas.

Na nova decisão, a juíza do caso escreveu:

"Considerando que a parte executada (Corinthians), citada, não ofereceu qualquer bem em garantia da execução e ante a notícia publicada na mídia de que vem negociando transferências de atletas com valores suficientes para a garantia da dívida, considero prudente, com base no artigo 139, IV, do Código de Processo Civil e no princípio da máxima efetividade da execução, visando a satisfação do direito da parte exequente e em tempo razoável, a adoção da medida atípica requerida, qual seja, a penhora dos direitos de créditos futuros originários dos direitos econômicos dos atletas, direitos esses pertencentesao devedor". Atualmente, o atacante Wesley é o corintiano mais cotado para ser vendido.

Corinthians

Depois de a primeira versão do post ser publicada, o departamento de comunicação do Alvinegro respondeu à coluna informando que o clube vai recorrer contra a decisão.

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A dívida

A Link e a empresa do agente André Luís de Souza tinham comissão para receber do Corinthians pelo contrato de Éderson, hoje na Atalanta (ITA), com o clube, firmado em 2020. Souza cedeu parte de seus créditos para a Link em 2021.

De acordo com a petição inicial apresentada pela advogada de Cury, em abril de 2023, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves, foi feito um acordo para o pagamento do débito, que estava em aberto desde janeiro de 2021. A Link alega que o Corinthians não pagou nenhuma parcela combinada.

Em março deste ano, a empresa entrou com essa e mais quatro ações para cobrar o Corinthians.

No mesmo processo em que houve o bloqueio das vendas de cinco atletas, foram localizados nas contas corintianas e bloqueados R$ 12.441.892,03.

Como mostrou a coluna, a Caixa Econômica Federal tentou desbloquear a bolada. O banco alegou que se trata de dinheiro usado como garantia de pagamento do financiamento relativo à Neo Química Arena. Porém, a Justiça rejeitou em primeira instância o pedido na última sexta (2).

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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