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ReportagemEsporte

Corinthians: polícia tenta ouvir depoimento de diretor da Vai de Bet

A Polícia Civil de São Paulo enviou nesta terça (6) pela terceira vez o mesmo ofício para a Vai de Bet como parte do Inquérito Policial ligado à intermediação do contrato de patrocínio da empresa com o Corinthians.

O comunicado já tinha sido enviado, por e-mail, nos dias 5 e 12 de julho, mas ficou sem resposta.

A equipe da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia Civil de São Paulo (DPPC) tenta chamar um representante do site de apostas para depor como testemunha. Os e-mails foram encaminhados para o endereço support@vaidebet.com.

Nos comunicados, a polícia perguntou se a empresa possui número de telefone fixo ou de WhatsApp ou outro endereço de e-mail para receber comunicações da delegacia.

Também foram pedidos nome, qualificação e contatos de um diretor que represente a empresa e possa receber notificações.

Se continuar sem resposta pelo endereço eletrônico utilizado, a polícia deve notificar de outra forma André Murilo de Barros Paz, CFO (diretor financeiro) da Vai de Bet. Ele representou a empresa no anúncio do patrocínio ao Corinthians.

O que diz a Vai de Bet

Procurada pela coluna, a Vai de Bet confirmou que recebeu os e-mails pelo canal de suporte de seu site e afirmou que já está em contato com a Polícia Civil. No entanto, a reportagem apurou que nenhuma resposta foi enviada pelo endereço de e-mail acionado pela polícia ao menos até o início da noite desta terça.

O inquérito

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Em junho, o delegado Tiago Fernando Correia instaurou inquérito para apurar se houve prática de lavagem de dinheiro, entre outros possíveis crimes, na esteira do pagamento de comissão por intermediação do contrato entre Corinthians e Vai de Bet.

O caso começou a ser investigado após a coluna de Juca Kfouri no UOL mostrar que, depois de receber R$ 1,4 milhão do Corinthians, a Rede Social Media Design, apontada oficialmente como intermediaria do negócio, transferiu cerca de R$ 1 milhão para a Neoway Soluções Integradas. Para a polícia, a Neoway é uma empresa de fachada.

Em depoimento à polícia e ao Ministério Público, Alex Cassundé, dono da Rede Social, afirmou que apresentou o contato da Vai de Bet para o clube, após busca pela internet, mas não participou da negociação. A polícia pretende ouvir o representante da casa de apostas sobre essa versão.

Cassundé ainda disse que, inicialmente, não exigiu comissão. O pagamento teria sido oferecido ao empresário pela diretoria alvinegra.

Ele também afirmou que pagou à Neoway pela implementação de um sistema de consultas veterinárias à distância, mas que o serviço nunca foi prestado.

O caso policial desencadeou uma debandada de diretores da gestão comandada por Augusto Melo e culminou com a rescisão contratual feita pela Vai de Bet.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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