Pedido de impeachment afeta Corinthians em campo? O que se diz no clube
Aliados de Augusto Melo avaliam que o pedido de abertura do processo de destituição do presidente do Corinthians pode prejudicar o time. Isso em meio à luta contra o rebaixamento no Brasileirão.
Essa hipótese é rechaçada no grupo de conselheiros que apresentou ao Conselho Deliberativo, na última segunda (26), o requerimento para tentar o impeachment do dirigente.
Por sua vez, Augusto se manifestou no Instagram. Ele disse se tratar de uma medida frágil e sem base e atribuiu o pedido a "quem tenta prejudicar o Corinthians em um momento decisivo da temporada" [leia a nota do dirigente na íntegra no final do post].
Entre os situacionistas o entendimento é de que a tentativa de destituir o presidente gera insegurança nos jogadores e demais funcionários do departamento de futebol.
O argumento é de que eles se preocupam com o que acontecerá na instituição se o presidente for destituído. Principalmente em relação a quem assumiria o cargo. Uma das questões seria se o substituto de Augusto manteria o projeto atual ou faria mudanças que afetariam atletas, integrantes da comissão técnica e outros membros do setor.
Essa insegurança viria no momento em que o time mais precisa de tranquilidade e confiança para tentar sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro ocupa a 18ª posição.
Na situação, a tentativa de tirar Augusto do cargo é classificada como uma manobra política. O discurso é de que o dirigente não feriu o estatuto. O suposto descumprimento de regras estatutárias motiva o requerimento.
Descabida
Entre os que querem o impeachment, a argumentação de que o processo pode afetar o time de futebol é apontada como descabida.
O que se ouve dos oposicionistas é que os jogadores não se envolvem com questões políticas, logo não serão afetados.
O raciocínio mais usado é o de que se o grupo esperasse a equipe se recuperar para fazer o pedido, a situação da agremiação ficaria mais complicada. O "clube sangraria até a morte".
Diferentemente do pensamento situacionista, os opositores sustentam que o pedido pelo processo de destituição é técnico, não político. E que quem deu motivos para o requerimento ser apresentado foi Augusto com suas ações. Ou seja, não teria sido uma invenção de opositores inconformados com a derrota nas urnas.
O que diz o presidente?
Na última terça (27), Augusto se manifestou sobre o pedido de destituição por meio de uma nota publicada em seu perfil no Instagram. Confira o comunicado na íntegra.
"Recebi a notícia vinda da imprensa de que um grupo de conselheiros teria protocolado um pedido de impeachment, buscando meu afastamento da presidência do Sport Club Corinthians Paulista. Esta atitude, tomada logo após uma derrota no Campeonato Brasileiro é uma clara tentativa de desestabilizar o ambiente no Parque São Jorge, conduzida por aqueles que não aceitam a vontade soberana das urnas.
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OLHAR APURADO
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Quero receberEmbora não tenhamos conhecimento oficial sobre o teor do pedido, se as informações veiculadas na imprensa forem verdadeiras, trata-se de uma medida frágil e sem base, mostrando a total falta de argumentos legítimos por parte daqueles que tentam prejudicar o Corinthians em um momento decisivo da temporada.
Como presidente, em conjunto com minha diretoria, continuarei lutando para recuperar as finanças do clube e os resultados em campo, sem medir esforços para impedir que interesses pessoais e políticos interfiram na nossa recuperação. Conclamo a todos os associados, conselheiros e a nação corinthiana para que se somem no apoio ao nosso clube até o final dos campeonatos.
A atual gestão permanece tranquila e comprometida em recolocar o Corinthians no caminho certo, focando no trabalho sério e responsável que sempre guiou nossas decisões. Não permitiremos que artifícios políticos desviem o clube de seu objetivo maior: o sucesso dentro e fora de campo".
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