Corinthians: 'operação Depay' teve grupo de WhatsApp e indiferença com Fla
A movimentação no grupo de WhatsApp criado por representantes de Memphis Depay e Corinthians era grande na última terça (3). O intenso tráfego de mensagens estava sendo interpretado pelos corintianos como interesse do holandês em vestir a camisa do clube.
A turma do Parque São Jorge tinha mandado sua primeira proposta no final da semana anterior e já havia feito mudanças nela.
Os ajustes foram sugeridos pelo lado europeu da negociação, mas sem a garantia de que o atacante diria "sim".
Os corintianos trabalhavam com um cenário no qual disputavam o holandês com um time árabe e outro do México.
Enquanto parte da torcida e da imprensa brasileira via a negociação com olhos desconfiados, o ambiente no clube misturava ceticismo e otimismo.
A oferta que partiu da zona leste paulistana era considerada competitiva e viável. Foi montado um plano pelo qual a maior parte da remuneração de Depay seria bancada com os R$ 57 milhões reservados no contrato com a Esportes da Sorte para um reforço de peso.
A fatia que ficou com o clube é correspondente aos ganhos de um atleta pouco badalado, pelos cálculos dos cartolas.
No dia seguinte, porém, estourou a operação policial Integration, que tem entre seus alvos justamente a patrocinadora corintiana, a Esportes da Sorte.
Houve conversa informal entre gente da agremiação e da empresa, além de uma avaliação interna no Timão.
Multa contratual, cláusula anticorrupção, garantias dadas pela empresa e até mesmo a possibilidade de encontrar um novo patrocinador, se for o caso, fizeram a diretoria alvinegra demonstrar confiança de que poderia pagar o holandês mesmo se a parceira enfrentasse problemas financeiros em decorrência da ação policial.
No mesmo dia, o Flamengo entrou no noticiário como clube que poderia tentar Depay para substituir Pedro. O atacante se machucou servindo a seleção brasileira.
A reação corintiana na linha de frente da negociação foi de indiferença em relação a um possível duelo com o Fla, pelo menos no discurso. O tom adotado longe dos microfones foi o de que a eventual entrada flamenguista na disputa pelo atacante seria algo do jogo. Haveria uma disputa comercial natural. Se os cariocas levassem a melhor, paciência. No entanto, o que esquentou ainda mais foi o relacionamento entre o "time Depay" e a tropa corintiana.
No último sábado (8), as partes já estavam trocando minutas contratuais. Porém, como a confirmação da assinatura contratual não chegava, parte dos conselheiros corintianos desconfiou que um problema de última hora pudesse ter acontecido.
A desconfiança se dissipou nesta segunda, com a assinatura do compromisso entre as partes de forma digital, mas com a presença de Fabinho Soldado na Holanda. À noite, a contratação, tão sonhada pela Fiel, foi oficializada pelo clube.
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