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Operação Depay mostra mudança de comportamento de presidente do Corinthians

A maneira como Memphis Depay foi contratado revela uma mudança radical de postura do presidente do Corinthians em relação ao início de seu mandato.

Diferentemente do que ocorria no começo do ano, Augusto Melo não atuou na linha de frente da operação. Ele também quase não falou sobre a negociação.

No primeiro semestre de 2024, além de ser ativo nas negociações, Augusto falava sobre as operações nas entrevistas.

Um caso emblemático foi o interesse em Gabigol. O dirigente chegou a indicar que a negociação estava adiantada, mas não houve acerto. Sobrou uma crise entre ele e o agente do atacante, Júnior Pedroso, por causa de suas declarações.

No caso de Memphis, Fabinho Soldado, executivo de futebol, Vinícius Cascone, secretário-geral, e Pedro Silveira, diretor financeiro, foram os que mais botaram a mão na massa.

Soldado ganhou os holofotes por ter ido até a Holanda fechar a operação e voltado ao lado do badalado atacante.

Ele sai fortalecido do episódio, pois, internamente, chegou a ser bastante criticado por parte dos apoiadores de Augusto.

Os críticos apontavam falta de experiência do ex-gerente de futebol do Flamengo para conduzir o principal departamento do Corinthians.

A combinação de menos intervenção de Augusto, maior visibilidade na participação do executivo e sucesso na contratação de um jogador de peso acontece no momento em que o presidente se defende de um pedido de impeachment. O requerimento pela sua destituição alega que ele teria descumprido o estatuto com algumas de suas ações.

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Nesse cenário, Augusto se aproximou, finalmente, de seu discurso de campanha, que valorizava o trabalho de profissionais em cada área do clube. E desta vez, não gerou atritos com suas declarações. Seu desafio é seguir assim.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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