Sequência de reunião define próximos atos em guerra política no Corinthians
Novo encontro do Conselho Deliberativo do Corinthians (CD), nesta segunda (14), a partir das 18h, irá definir os próximos movimentos na disputa política no Parque São Jorge.
Os conselheiros irão se reunir para continuar a reunião do último dia 7, marcada por temas indigestos para a diretoria.
Um deles foi a apresentação de parecer das Comissões de Justiça e Marketing do CD com suspeitas de desvio, não se sabe por quem, de ingressos que seriam destinados a sócios.
A Comissão de Justiça também apresentou relatório recomendando a rescisão do contrato de consultoria com a Alvarez & Marsal, representada no clube por Fred Luz, que tem status de CEO.
Membros da situação falam em esperar a conclusão da reunião nesta segunda para a eventual tomada de medidas de reação no Conselho.
O discurso é de que é preciso saber o que mais será apresentado até a conclusão do encontro.
Na parte derradeira da reunião outros assuntos indigestos para a diretoria comandada por Augusto Melo serão abordados.
Entre eles está a "discussão e deliberação sobre descumprimento pela diretoria de artigos do estatuto".
A quebra de regras teria acontecido pela falta de envio de informações ao Cori (Conselho de Orientação) e à CF (Comissão Fiscal).
Já existe um pedido de destituição de Augusto sendo analisado pela Comissão de Ética e Disciplina por suposto descumprimento do estatuto. O presidente declara que nunca atropelou as regras estatutárias.
Outro item que aparece na pauta e dá pano para a manga é a análise e discussão sobre eventual iniciativa da diretoria de ingressar com uma medida cautelar para tentar suspender cobranças judiciais por 60 dias.
Críticos da administração afirmam que a direção pensa em tal estratégia como preparação para uma recuperação judicial seguida de transformação do Corinthians em SAF.
Augusto e seus diretores negam que exista interesse em transformar o Corinthians em Sociedade Anônima do Futebol.
Relatórios da Comissão de Justiça sobre contratos com a Ernest & Young, que prestou consultoria para o Alvinegro, e com uma empresa de segurança também devem apimentar a reunião.
No intervalo entre os dois encontros, na última quinta, Augusto se reuniu com chapas que o ajudaram a se eleger e seguem ao seu lado.
A tendência é a base aliada do presidente ser mais combativa e afinada na sequência da reunião.
Por sua vez, a oposição deve manter o tom ácido e apresentar nos dias seguintes ao encontro novos requerimentos que pressionem Augusto baseados nos assuntos levantados durante a reunião de dois dias.
Reportagem
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