Promotor pede para palmeirense suspeito de exibir pênis cumprir ordem na PM
Por um problema de logística, o palmeirense acusado de mostrar o pênis para uma botafoguense ainda não começou a cumprir determinação da Justiça para ficar num local específico durante os jogos do clube por seis meses. A ordem veio por meio de uma medida cautelar. Não se trata de uma decisão final, pois o caso está em andamento.
No último dia 10, a Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA) de São Paulo informou à Justiça que Nelson Gonzaga de Oliveira Junior, o torcedor apenado, compareceu ao órgão, em 8 de outubro, atendendo à ordem judicial.
O mesmo documento, porém, esclarece "que não será possível realizar o cumprimento da decisão judicial" porque a central "não mantém convênio" com batalhões das polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros para encaminhamento de apenados durante horários de jogos.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o promotor de Justiça Roberto Bacal pediu, em 16 de outubro, a alteração do local de cumprimento da medida para a sede do Segundo Batalhão de Choque da Polícia Militar, responsável pelo policiamento nos estádios da capital paulista. Até a conclusão deste post, o juiz responsável pelo caso não havia respondido ao requerimento do promotor.
A decisão que impede o palmeirense de ir aos jogos de sua equipe por seis meses, tendo que se apresentar à CPMA no momento dos jogos, foi proferida pelo juiz José Fernando Steinberg em 16 de setembro. Cabe recurso.
Vale lembrar que o torcedor segue vetado dos estádios. A definição de um lugar para o comparecimento é importante para a fiscalização do cumprimento da medida.
O episódio ocorreu no jogo entre Palmeiras e Botafogo, no Allianz Parque, pela Libertadores, em 21 de agosto.
Em depoimento à polícia, o palmeirense disse que num ato impensado exibiu seu órgão genital na direção de torcedores do Botafogo, que trocavam provocações com os alviverdes. Ele nega que o ato tenha sido para uma pessoa específica. No entanto, uma botafoguense alega que o gesto foi na direção dela.
Oliveira ainda relatou que tinha ingerido álcool e que faz uso de medicação controlada.
Ele já foi excluído pelo Palmeiras do programa de sócio-torcedor do clube e está bloqueado no sistema.
A coluna não conseguiu contato com Oliveira. O espaço está aberto para sua manifestação.
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