Perrone

Perrone

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
ReportagemEsporte

Torcedores enfrentam caos em início de Copinha com reconhecimento facial

A primeira rodada da Copa São Paulo de Futebol Júnior foi marcada por dificuldades enfrentadas por torcedores nas entradas dos jogos, além de queixas em relação ao aplicativo que disponibiliza os ingressos. O torneio tem como novidade o reconhecimento facial no acesso do público. O cenário foi de caos em diversos jogos.

Um dos momentos caóticos aconteceu na Rua Javari, antes da vitória do Juventus por 1 a 0 sobre o Trindade-GO, no último domingo(5).

Após uma aglomeração no portão principal, chegou a ser permitida a entrada de torcedores sem a realização do reconhecimento facial. O mesmo aconteceu em outras partidas para evitar maior acúmulo de pessoas em frente aos estádios.

Alguns dos outros jogos em que o público encarou dificuldades foram Vasco 1 x 1 XV de Piracicaba, Corinthians 3 x 0 Gazin Porto Velho e Palmeiras 9 X 0 Náutico-RR. Em todos eles os torcedores enfrentaram problemas para entrar, principalmente longas filas. Na partida do Vasco, pelo menos em um período, houve entrada sem o reconhecimento facial.

Segundo informação do canal da Identidade Corinthiana no YouTube, aos 40 minutos do primeiro tempo da estreia do Corinthians ainda havia fila do lado de fora do estádio Bruno José Daniel, em Santo André.

Torcedores também reclamaram de dificuldades para fazer o cadastro e carregar a imagem usada no acesso aos estádios no aplicativo BipFut.

A Federação Paulista de Futebol (FPF), responsável pela organização do torneio, respondeu ao UOL, na última quinta (2), que o aplicativo apresentou instabilidade por cerca de uma hora naquele dia e que o serviço voltou ao normal após ajuste.

Outro lado

A coluna entrevistou Alexandre Araújo, CIO (sigla em inglês para diretor de tecnologia da informação), da Uzer Tecnologia. A empresa é responsável pelo BipFut e pelo sistema de reconhecimento facial usado na Copinha.

Continua após a publicidade

Segundo o executivo, os problemas eram esperados nos primeiros dias por se tratar de uma novidade para os torcedores e até por parte da equipe de operação nos portões dos estádios.

"Fazemos controle de acesso há mais de 15 anos. O primeiro e o segundo dia podem ser de caos porque você muda a rotina das pessoas. Hoje, não tivemos problemas", disse Araújo no início da noite da última segunda.

Segundo o executivo, muita gente chegou aos estádios sem saber que precisava baixar o ingresso antes. Isso, de acordo com ele, provocou aglomerações de torcedores que faziam o processo no aplicativo do lado de fora dos locais dos jogos.

"Nos primeiros dias, essas pessoas sem ingressos geraram tumultos. Era novidade para todo mundo. Agora já entrou na normalidade", declarou Araújo.

Segundo ele, um grupo de cerca de 20 pessoas sem tíquetes provocou tumulto na Rua Javari e alguém, que ele diz não saber quem, deu a ordem para permitir a entrada sem reconhecimento facial.

Indagado sobre a demora relatada por torcedores no carregamento das imagens no aplicativo, Araújo negou ter havido o problema.

Continua após a publicidade

Ele afirmou que torcedores que reservaram mais de um ingresso não notaram que precisavam tirar foto dos acompanhantes.

O que diz a FPF?

A seguir, veja nota enviada pela Federação Paulista à coluna.

"A fim de trazer mais segurança, organizar e padronizar os acessos dos torcedores para a Copa São Paulo Sicredi 2025, que são gratuitos, a Federação Paulista de Futebol contratou a empresa BipFut para realizar o processo de reconhecimento facial em todos os 32 estádios da competição.

A FPF reconhece que houve problemas em algumas sedes nos primeiros dias da Copinha, que causou filas e lamentáveis transtornos aos torcedores.

Assim que o primeiro caso ocorreu, a FPF acionou a BipFut, realizando reuniões diárias e notificando formalmente a empresa, cobrando atitudes imediatas para que os problemas fossem sanados com celeridade. Identificadas as causas, foram tomadas providências, como aumento de efetivo de profissionais, revisão dos processos da tecnologia da plataforma e planejamento operacional mais adequado.

Continua após a publicidade

A FPF entende que trata-se de uma tecnologia nova, que implica em desafios, mas seguirá trabalhando para garantir o maior conforto e atendimento adequado, respeitando os milhares de torcedores que acompanham a Copinha Sicredi 2025".

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.