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ReportagemEsporte

Corinthians vê lado bom em cobrança de R$ 78 milhões de agente na Justiça

O Corinthians vê pontos positivos no fato de o empresário Giuliano Bertolucci acionar o clube na Justiça. Tanto que o departamento de comunicação alvinegro afirma que houve comum acordo entre o agente e a agremiação em relação às ações. Bertolucci cobra cerca de R$ 78,1 milhões em cinco processos iniciados na última quarta (8).

O empresário vinha dialogando com a diretoria sobre uma negociação para receber seus créditos nos moldes que serão propostos no RCE (Regime Centralizado de Execuções).

A ação proposta pelo clube tem como objetivo criar um plano de pagamento parcelado para as dívidas da agremiação.

Ao apresentar para a Justiça a lista de seus credores, o Corinthians incluiu a Bertolucci Assessoria e Propaganda Esportiva, com R$ 78.212.245 a receber. Só que o agente e sua empresa não tinham acionado o clube na Justiça.

Entre os arquitetos do RCE no Parque São Jorge, havia incertezas sobre se a Justiça incluiria o empresário no quadro de credores no caso de ele não promover uma cobrança judicial.

Com o ingresso de Bertolucci na Justiça, ele deverá ser incluindo no RCE. Isso é visto como positivo no clube. Como as execuções estão suspensas neste momento por causa do regime centralizado, o Alvinegro não vê risco momentâneo de sofrer penhoras em suas contas com as cobranças do empresário.

O Corinthians entende que organizar o pagamento de seus credores por meio de um plano aprovado pela Justiça é fundamental para arrumar as suas finanças. Isso porque o clube fica livre de bloqueios e de outras medidas constritivas enquanto estiver cumprindo o combinado e ganha fôlego para pagar a dívida a prazo.

O entendimento é de que com os processos de Bertolucci o Alvinegro se livra de um problema que teria de ser discutido fora do RCE. A direção acredita que tem mais controle sobre a dívida dentro do regime centralizado.

Antes de ir à Justiça, Bertolucci mantinha bom diálogo com o clube. As conversas vinham sendo sobre ele receber seu crédito em cerca de seis anos. Os dois lados seguem alinhados.

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Inicialmente, o empresário não pretendia entrar com as ações. Porém, ele entendeu que o próprio clube preferia esse caminho por causa do RCE.

O agente viu a iniciativa corintiana de pedir o regime centralizado com bons olhos. A medida desponta como esperança de o empresário finalmente receber o que cobra em vez de renegociar acordos a cada troca de diretoria. Desta vez, sendo aprovado o plano de pagamento, o clube estará comprometido com a Justiça. Procurado, Bertolucci não quis dar declarações sobre o tema.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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