Palmeiras: Abel assume risco de azedar relação ao criticar Estêvão e Veiga
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Abel Ferreira costuma proteger seus jogadores durante as entrevistas coletivas. Suas críticas à imprensa e aos árbitros desviam o foco dos defeitos do Palmeiras. Porém, a derrota do Alviverde para o Corinthians, por 1 a 0, no último domingo (16), na abertura da final do Paulistão, fez o treinador quebrar essa rotina.
Depois do clássico, o português criticou, com razão, Raphael Veiga e Estêvão numa marcante mudança de postura.
Um contra-ataque nosso, poderíamos passar a bola (lance de Estêvão) para o lado e não passamos, demos o contra-ataque. O adversário quer bloquear os nossos melhores jogadores, faz parte do jogo. Ele (Estêvão) tem que arranjar soluções, nós também. Essa situação, por exemplo, ele poderia passar a bola a alguém que está ao lado e preferiu ir para o '1 contra 3'. São decisões. Portanto, quando ele sabe que está marcado, não tem problema nenhum em dar a bola para outros.
Abel Ferreira, após Palmeiras 0 x 1 Corinthians
Futebol é eficiência. Não achei que o Veiga estivesse criativo e precisamos muito dele nestes jogos,
Abel Ferreira
As críticas soam como uma manobra para fazer com que os jogadores dividam com a comissão técnica a responsabilidade pela derrota. Abel demonstra não estar disposto a carregar sozinho os efeitos das falhas palmeirenses em campo.
Ao mesmo tempo sua atitude parece ser também uma estratégia para mexer com os jogadores.
No entanto, sempre que um treinador expõe seus comandados existe o risco de a relação entre eles azedar. O português terá que lidar com isso em meio a tentativa de reverter a desvantagem da primeira partida e ser campeão em Itaquera.
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