Como Campeonato Espanhol controla os gastos de Barcelona e Real Madrid
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
No mês passado, a Uefa surpreendeu a comunidade futebolística ao anunciar que o Manchester City não poderá participar das duas próximas edições da Liga dos Campeões por ter desrespeitado as regras do fair play financeiro da entidade.
Mas, além das restrições impostas pela organização que gerencia o futebol europeu, Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madri e os outros times da Espanha têm de lidar com outro instrumento que controla suas contas.
Desde 2013, a LaLiga, administradora do Campeonato Espanhol, analisa as finanças de todos os clubes que disputam as duas primeiras divisões do país e impõe limites de gastos a cada um deles.
Esses tetos, que englobam os custos com salários dos atletas e integrantes da comissão técnica e também com contratações/empréstimos de jogadores, são estipulados antes da abertura da janela de transferências do verão europeu (meio do ano) e valem durante uma temporada.
Em 2019/2020, o orçamento liberado para o Barcelona foi de 656 milhões de euros (R$ 3,3 bilhões). O do Real ficou em 641 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões). E o do Atlético, em 348,5 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão).
Esse valores correspondem a algo entre 75% e 95% da arrecadação anual declarada por cada clube - estima-se que a diferença deva ser utilizada em outros gastos, como funcionários administrativos, logística (viagens, alimentação e hotéis) e administração de estádios e centros de treinamento.
"Para criar a melhor liga, é essencial que todos os clubes sejam financeiramente sustentáveis. Com nosso sistema, ajudamos-lhes a gastar livremente e competir no mais alto nível, sem o risco de obter uma dívida insustentável. Nenhuma outra liga tem algo tão completo quanto isso", afirmou o gerente geral corporativo da LaLiga, José Guerra.
Durante a temporada, os clubes espanhóis têm direito de solicitar revisões em seus tetos de gastos para aumentar o quanto podem investir em suas equipes.
Foi contando com uma possível ampliação orçamentária que o Almería, terceiro colocado da segunda divisão, tentou em janeiro contratar o meio-campista brasileiro Gustavo Scarpa, do Palmeiras.
Como a administração do futebol espanhol não permitiu que o clube dobrasse suas contas para a segunda metade da temporada, como desejava, o negócio acabou não se concretizando.
O caso mostra bem como funcionam as políticas de fair play financeiro na terra campeã mundial de 2010 e como a liga que gerencia os clubes do país controla os gastos dos seus afiliados.
Na atual temporada, a liderança do Campeonato Espanhol vem sendo disputada cabeça a cabeça entre Barcelona e Real Madrid. Depois de vencer o clássico do último fim de semana, o clube da capital assumiu a dianteira, com 56 pontos, contra 55 do arquirrival.
O time dos brasileiros Casemiro, Éder Militão, Marcelo, Rodrygo e Vinícius Júnior volta a campo neste domingo, contra o Betis, fora de casa. Um dia antes, o Barça recebe a Real Sociedad.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.